A Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Trânsito (SMST) divulgou, na manhã desta sexta-feira (10), nota em que diz ter sido “surpreendida” com a operação da Polícia Civil que cumpriu um mandado de busca e apreensão na sede da secretaria. A corporação, que investiga supostas fraudes licitatórias em contratos de 2013 a 2018, deixou a pasta com grandes volumes de documentos e ainda não detalhou publicamente o contexto da ação.
Ainda em nota, a SMST ressaltou que não tem conhecimento de qualquer inquérito em trâmite, nem teve acesso a qualquer curso de investigação. “A Prefeitura de Boa Vista honra a transparência de sua gestão, garantindo acesso a todo e qualquer processo administrativo, estando sempre à disposição da população e das autoridades, prezando pela legalidade, moralidade e publicidade de seus atos”, finalizou.
O secretário municipal de Segurança Urbana e Trânsito, Jullyerre Pablo, está em Brasília e, em contato com a Folha, enfatizou que os contratos investigados não pertencem a sua gestão, iniciada em dezembro de 2022. “Mas fiquei triste, lamento, fomos pegos de surpresa pelas informações, mas não são processos da minha gestão”, declarou ele, que se disse tranquilo com a apuração policial: “Demais, sou íntegro”.
Ao menos nove agentes fardados trabalharam na ação. Às 10h12, dois deles saíram carregando uma sacola com inúmeros documentos e os deixaram no porta-malas de um veículo Chevrolet Cobalt sem caracterização policial.
Um outro policial levou uma sacola com cinco pastas de documentos e entrou em outro carro ligado à corporação. Sob a liderança de uma viatura policial caracterizada, os veículos usados na operação seguiram em comboio para a sede da Cidade da Polícia Civil, no bairro Canarinho, zona Leste de Boa Vista.