Após a saída de Roney Cruz da chefia da Divisão de Capturas (Dicap) da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), servidores que atuavam no local, teriam sido encaminhados para outros setores do Sistema Prisional.
A Dicap foi criada em 2001, como uma divisão dentro do Departamento do Sistema Penitenciário (Desipe), com o passar dos anos, a Dicap foi ganhando notoriedade ao realizar investigações e capturas de foragidos. Ao todo, foram mais de 5 mil prisões.
De acordo com nota enviada pela Sejuc à FolhaBV, a Divisão está passando por um novo modelo administrativo e de gestão com base na Lei 317, de 31 de dezembro de 2001, lei que criou a Sejuc.
A reportagem da FolhaBV flagrou nesta quinta-feira, 15, o prédio onde funcionava a Dicap, passando por pinturas.
Segundo fontes da reportagem, o Plantão que fornecia informações (como ficha criminal de abordados e outros dados) para forças de segurança, como Polícia Militar, Guarda Municipal e Polícia Civil, foi desativado.
A Sejuc informou que a partir de agora, os policiais deverão fazer a consulta de foragidos por meio de um novo número de telefone ininterruptamente.
Roney Cruz esteve a frente da Dicap por 16 anos, em sua despedida nas redes sociais, relatou o que seria o motivo de sua saída. “Solicitei na manhã de hoje minha exoneração, por divergência de opiniões e não concordar nas condutas administrativas que vem sendo adotadas com os servidores do sistema prisional, que estão LIMITADAS na busca dos resultados e não por falta de competência mas por outros motivos”, disse.
Ainda segundo fontes da FolhaBV, entre as limitações feitas à Divisão, estaria o racionamento de combustível.
De acordo com a Sejuc, todas as medidas adotadas visam o aprimoramento das atividades e o fortalecimento da Polícia Penal, bem como otimização da estrutura física e de pessoal, não causando prejuízo ao sistema de segurança e nem à sociedade.