Polícia

Sete morreram afogados somente este ano

Maioria das vítimas ingeriu bebida alcoólica antes do último mergulho, fato que serve de alerta por parte dos bombeiros

O Corpo de Bombeiros informou que apenas este ano já resgatou sete corpos nos rios de Roraima de banhistas que morreram afogados. Os afogamentos acontecem, na maioria das vezes, no verão, quando as pessoas procuram os rios para se refrescarem ou mesmo pescar, na Capital e no interior do Estado.

O que deveria ser diversão muitas vezes pode acabar em tragédia. Foi o que aconteceu no sábado passado, dia 8. Um grupo de amigos foi tomar banho no Rio Cauamé, perto da ponte, no trecho norte da BR-174, quando o indígena Mário Rarimetheli, de 20 anos, mergulhou e desapareceu. Os amigos pensaram que o jovem havia atravessado o rio, por isso foram embora. Mas dois dias se passaram e nada do indígena.

Ontem à tarde, banhistas viram o corpo de Mário boiando, engatado na vegetação à margem esquerda do rio. O cadáver já estava em estado de decomposição. A polícia e os peritos do Instituto Médico Legal (IML) foram acionados e se dirigiram ao local. O corpo provavelmente deve passar pelo exame cadavérico hoje pela manhã para confirmar se a morte foi por afogamento. Até as 16h de ontem, nenhum parente do indígena havia comparecido para fazer o reconhecimento.

Os peritos de IML também removeram, ontem pela manhã, o corpo de Diomax Lourenço, de 20 anos. Ele mergulhou e desapareceu anteontem à tarde, dia 9, nas águas do Rio Amajari, município a 158 quilômetros da Capital, na região Norte de Roraima. Amigos da vítima acionaram o Corpo de Bombeiros. Os militares foram rápidos, realizaram as buscas e encontraram o corpo perto de uma ponte de concreto.

ALERTA – Bombeiros militares entrevistados pela Folha fizeram um alerta para os banhistas. Segundo eles, deve-se evitar ingerir bebidas alcoólicas, ter cuidado com os bancos de areia, que se movem de acordo com a corrente de água, e redobrar a atenção, principalmente com as crianças.

Segundo os bombeiros, os banhistas devem evitar mergulhar em locais do rio que não conheçam porque a água pode estar parada em cima, mas embaixo pode haver uma forte correnteza, o que pode levar ao afogamento, segundo os militares. (AJ)