Polícia

Sete são presos como suspeitos de julgar e decapitar jovem de 18 anos

Policiais civis prenderam seis adultos e uma adolescente de 16 anos como suspeitos da participação na morte da jovem Erika Samay Rodrigues da Silva, de 18 anos, que está desaparecida desde a quarta-feira da semana passada, dia 9. 

Os trabalhos iniciaram por meio de uma investigação a partir da comunicação do desaparecimento da jovem. As investigações apontam que a garota foi submetida a um “tribunal” por integrantes de uma organização criminosa e levada pelo próprio namorado para ser morta.

A família da vítima registrou Boletim de Ocorrência do desaparecimento dela no 3º Distrito Policial, no último dia 10, informando que Samay estava na casa do namorado, o mecânico de motocicleta Alan da Silva Sousa, de 26 anos, e de lá saiu para a casa de uma amiga. Desde então não foi mais vista com vida. 

As investigações apontam que o processo de “julgamento” da vítima, pelos criminosos, teve início no dia 08 e a garota ainda foi vista com vida no dia 09 deste mês, mas que sua execução teria ocorrido provavelmente no dia 10.

A ordem para o homicídio de Erika Samay, segundo as investigações, partiu de uma integrante de uma organização criminosa do Paraná, por “vídeo conferência” determinando que o próprio namorado dela, Alan Sousa, deveria matá-la, por decapitação.

O delegado da DGH, Jorge Wilton Nepomuceno, presidiu as investigações e, segundo ele, os trabalhos apontam que antes de ser executada, a jovem foi levada para três cativeiros diferentes, sendo um numa área de invasão chamada Nova Esperança, no bairro Equatorial, o segundo no bairro Pedra Pintada e o terceiro, onde teria sido executada, no bairro Pintolândia.

O motivo da morte de Erika Samay, de acordo com os suspeitos, teria sido pelo fato de ela ser “simpatizante” de uma organização criminosa rival, enquanto o namorando dela é integrante da organização criminosa que determinou sua execução.

O corpo da vítima está sendo procurado desde a prisão do bando


Equipes fizeram diligência no intuito de prender outros envolvidos e localizar o corpo (Foto: Divulgação)

O delegado Jorge Wilton Nepomuceno, após a notícia do desaparecimento da jovem, informou que várias diligências foram realizadas no intuito de resgatá-la com vida. Um dos primeiros a ser preso foi o acusado Mesack, dono da casa onde a garota teria sido mantida em cativeiro. Neste local, também foi preso o acusado Leandro. Em seguida, o namorado dela, Alan Sousa, foi preso. A partir daí os policiais civis prenderam os demais integrantes da organização criminosa, dentre eles a adolescente de 16 anos que foi apreendida.

Os policiais civis identificaram os endereços dos três lugares em que a jovem foi mantida em cativeiro. Entretanto, ela não foi localizada em nenhum deles. O namorado da garota nega ter participado de sua execução, mas seus comparsas afirmam que foi dada a ele a ordem de matá-la e que somente ele saberia dizer o local em que lugar o corpo foi “jogado”.

Vários aparelhos de telefone celular e um carro Celta utilizado pelos acusados para o transporte da vítima aos cativeiros em que foi mantida foram apreendidos. Ainda de acordo com informações prestadas pela autoridade policial, as diligências continuam em andamento para localizar o corpo da jovem e para identificar outras pessoas que participaram do homicídio.

Quem tiver informações que possam contribuir com os trabalhos da Polícia, pode fazer contato pelo Disque Denúncia, no número 181. A identidade dos denunciantes será mantida em absoluto sigilo. (J.B)

Polícia identificou os autores do crime durante investigações


Os elementos tiveram prisão preventiva decretada (Foto: Divulgação)

Foram presos e autuados em flagrante, acusados , segundo  a Polícia Civil, dos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e organização criminosa, o chapeiro José Lucas Almeida da Silva, de 19 anos, apelidado de “Mizuno”, apontado como tendo a função de fazer levantamento de integrantes da facção que não estão “em sintonia” com o grupo.

Também foi preso o jardineiro Mesack de Freitas Barbosa, de 40 anos, dono de uma das casas em que a garota teria sido mantida em cativeiro. Outro preso foi o técnico em refrigeração Leandro Santos da Luz, chamado de “Guilherme”, namorado da adolescente apreendida.

Raiana Costa de Souza, apelidada de “Neurótica” ou “Santa Morte”, de 37 anos, juntamente com o marido, Dackson Barros Muniz, vulgo “Das Trevas”, de 22 anos, foram presos por serem os proprietários do Celta de cor preta usado para o transporte da vítima. Por fim, o mecânico de motocicleta Alan da Silva Souza, vulgo “Zona Leste”, namorado de Erika Samay.

Após as detenções todos foram levados para a Delegacia Geral de Homicídios (DGH), onde participaram de oitivas para esclarecimento dos fatos a fim de que as autorias e as participações de cada indivíduo fossem definidas. Ao fim do procedimento, o bando foi levado para exame de corpo de delito, na sede do Instituto de Medicina Legal (IML), antes de serem encaminhados para audiência de custódia, onde a Justiça decidiu pela prisão preventiva de todos eles. As mulheres foram levadas para a Cadeia Feminina, os jovens para a Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc) e a adolescente para o Centro Socioeducativo (CSE).

A jovem desapareceu por volta das 14h30 do último dia 9, quando saiu da casa do namorado para ir até a residência de uma amiga.

O caso passou a ser investigado pela DGH (Delegacia Geral de Homicídios) e NI (Núcleo de Inteligência) e contou também com o apoio do GRT (Grupo de Resposta Tática) e DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção a Pessoa), da Polícia Civil. (J.B)