O policial militar Jeferson Barreto, de 38 anos, autuado em flagrante e preso com um revólver calibre 38, uma pistola de uso exclusivo da corporação, três papelotes de cocaína e munições diferentes da que é cautelada para uso, encontrados em seu carro que estava no quartel do Comando de Policiamento da Capital (CPC), foi exonerado de suas funções de policial militar. O decreto foi assinado na sexta-feira, 03, pela governadora Suely Campos (PP). Jeferson está em liberdade provisória.
Um trecho da decisão ressalta que “O soldado Jeferson Barreto Lima não reúne as mínimas condições morais, éticas e disciplinares para permanecer nas fileiras da Corporação Policial Militar de Roraima”.
O então policial foi detido no CPC, mas passou apenas um dia preso. Por ordem da Justiça, foi liberado e responde em liberdade pelos crimes de tráfico de drogas e porte ilegal de armas.
MAIS EXCLUSÕES – O sargento Alfeu de Souza Gentil também foi excluído da corporação após envolvimento comprovado com o tráfico de drogas. Ele foi flagranteado no ano passado por uma guarnição da própria PM, que investigava sua rotina.
O 3º Sargento da PM, Clhinger de Souza Thomé Guedelha, envolvido em um caso de furto em junho de 2015, foi excluído das fileiras da Corporação pelo mesmo decreto que os demais. Na ocasião, foram furtados cerca de R$ 10 mil de um empresário. O caso foi publicado pela Folha.
Outro policial excluído da PM foi Felipe Quadros, que, em novembro de 2015, cometeu triplo homicídio. A exclusão, em caráter definitivo, foi publicada no Diário Oficial de 18 de abril de 2016. Segundo a legislação policial militar, a transgressão de natureza grave cometida por ele é punida com exclusão e não o isenta do devido processo legal na Justiça comum.
Para o subcomandante da PM, coronel Magalhães Damasceno, as recentes exclusões são frutos de condutas repreensíveis. “Comprovadas as condutas delituosas, o Conselho de Disciplina apurou os fatos e decidiu pelo licenciamento a bem da disciplina. Reitero que em nossas fileiras temos uma maioria de policiais comprometidos e que procuram cumprir sua missão de forma íntegra”, disse.
Segundo ele, todos os casos envolvendo integrantes da PM que são de conhecimento do Comando-Geral têm procedimentos internos instaurados de imediato para apuração junto à Corregedoria da PM, que funciona em caráter permanente para proceder, instaurar e acompanhar procedimentos apuratórios em âmbito penal militar, administrativa, ética e disciplinar, que envolva integrantes da corporação. (J.B)
