Agentes do Setor de Investigação e Operação da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) deram cumprimento ao Mandado de Prisão Preventiva de um Suboficial da Marinha, de 46 anos, por suspeita de crime de estupro contra uma mulher de 35 anos.
O caso vinha sendo investigado pela delegada titular da DEAM, Jaira Farias.
Segundo ela, a vítima é técnica em enfermagem e relatou que “conhecia o suspeito há cerca de cinco meses, mas que ele se apresentou como sendo caminhoneiro. Tempos depois, ela o viu fardado e ele disse que era militar do Exército”.
Ainda de acordo com o relato, “no dia 17 de março, a mulher aceitou convite para jantar com o militar, mas ao pegá-la no local combinado, ele a levou contra sua vontade a um motel, onde a pressionou a manter relação sexual com ele. Diante da recusa, a mulher foi bastante agredida pelo acusado e passou toda a noite sofrendo violência sexual e física”.
Após ser liberada pelo mesmo, a mulher teria procurado a DEAM e registrou Boletim de Ocorrência. Mas, por medo, vez que ele a ameaçou de morte caso o denunciasse, ela decidiu não representar criminalmente contra ele.
Entretanto, a vítima relatou que passou a receber telefonemas intimidadores do militar, com ameaças.
Como o homem usa arma de fogo e, temendo por sua vida e de familiares, a mulher decidiu procurar a Central de Flagrantes no dia 20 de março, onde representou criminalmente contra ele e requereu Medida Protetiva de Urgência.
Assim, a delegada Jaira Farias determinou a instauração de Inquérito Policial por Portaria e representou na Justiça, pela Prisão Preventiva do militar.
O laudo de conjunção carnal da vítima, realizado pela equipe do Instituto de Medicina Legal, comprovou a violência sexual e as lesões sofridas pela vítima.
As investigações realizadas pela equipe da DEAM apontaram que o acusado na realidade é suboficial da Marinha e que trabalha na Operação Acolhida. Ele foi intimado para ser interrogado e qualificado na DEAM e negou as acusações.
A delegada Jaira Farias cumpriu a prisão e o suposto acusado foi entregue a seus superiores militares, que vão apresentá-lo na Audiência de Custódia.