Polícia

Surda-muda é agredida por patrão após sumiço de R$ 3 mil

Agindo sem cautela alguma, um aposentado de 49 anos agrediu fisicamente uma venezuelana surda-muda de 42 anos que prestava serviços domésticos para ele. O fato aconteceu no bairro São Vicente, por volta de 1h40 de  sexta-feira, 29, e foi motivado pelo furto de R$ 3 mil. No entanto, o agressor não conseguiu provar quem foi o autor do crime.

Os policiais foram parados pela vítima que, por meio da língua de sinais, relatou que estava em sua residência, conversando com o filho pelo WhatsApp. O patrão chegou ao local e passou a agredi-la, além disso, todas as suas roupas foram queimadas pelo sujeito. Ela disse que só não apanhou mais porque pessoas que passavam pela rua a socorreram.

A mulher também revelou que mantinha um vínculo de patrão/empregada com o suspeito e que executava serviços de limpeza na casa dele. Diante da narrativa da vítima, a PM foi até a casa do suposto agressor. O homem estava no terreno do imóvel, na companhia da filha, e ambos autorizaram a entrada nas dependências do imóvel.

O homem disse que saiu de casa para assistir a um jogo de futebol do Vasco e no local ingeriu bebida alcoólica. Ao retornar para sua residência, encontrou o local arrombado e deu falta de R$ 3 mil. Ele ressaltou que tem laudo psiquiátrico e que é policial militar reformado do Estado do Amazonas e não disse mais nada.

A filha do suspeito declarou que o dinheiro estava guardado no quarto de seu pai e que só quem tinha acesso ao interior da residência era a venezuelana que tinha um “rolo” (relacionamento amoroso) com ele, mas que já tinha sido mandada embora da casa. Por fim, a mulher reforçou que a surda-muda não trabalha para eles.

Um oficial da PM foi à residência e acompanhou o suspeito até à delegacia, uma vez que ele disse ser policial. Chegando ao local, a delegada de plantão ouviu as partes envolvidas no caso e lavrou o auto de prisão em flagrante (APF) por lesão corporal dolosa e violência doméstica contra o indivíduo que permaneceu detido numa das celas até a manhã de sexta, quando foi apresentado à Justiça em audiência de custódia. (J.B)