Polícia

Três acusados de matar taxista são presos

A Polícia Civil apresentou, ontem à tarde, durante coletiva na Delegacia-Geral de Homicídios (DGH), três dos quatro acusados de matar, a tiro, o taxista Genival Lucas Lima, de 50 anos, crime ocorrido no final de maio passado, na zona Oeste da Capital. O delegado da DGH, Paulo André Migliorin, disse que entre os envolvidos há um adolescente de 17 anos, que já foi recolhido ao Centro Socioeducativo (CSE), na zona rural de Boa Vista.

Foram presos: Yara Thaís Silva, de 22 anos; Neocelane Pereira, de 21; e Thalysson Wesley Santos, de 20. Todos, segundo o delegado, já têm passagem pela polícia por tráfico de drogas e roubo, o popular assalto. Na morte do taxista, o delegado contou que o adolescente e as duas jovens estavam em um bar, no bairro Jóquei Clube, zona Oeste, quando decidiram “fazer uma fita” (roubar).

Mas, como nenhum deles tinha arma de fogo, decidiram, então, ligar para Thalysson, que acertou com o trio que emprestaria sua arma desde que também participasse do crime. E foi o que aconteceu. Divididos em dois casais, os quatro saíram para uma avenida movimentada do bairro para pegar um táxi. Antes, eles ainda tentaram alugar um carro, mas não conseguiram.

“Então, eles pegaram o táxi e deram início a uma sessão de tortura física e psicológica no taxista. Depois, amarraram o taxista com o cinto de segurança do carro e o colocaram no porta-malas. Como o taxista estava em silêncio lá atrás, decidiram abaixar o encosto do banco de trás. Foi quando o taxista, que já havia se soltado, tentou agarrar uma das jovens. Nesta hora, Thalysson encostou o cano da arma debaixo do queixo da vítima e atirou”, relatou o delegado.

Em seguida, eles foram até o conjunto Cidadão, no bairro Senador Hélio Campos, e abandonaram o táxi com o corpo de Genival no porta-malas. Os quatro levaram um celular, dois anéis e o som do carro.

A polícia primeiro chegou a uma das jovens, que deixou no carro suas impressões digitais. A investigação foi conduzida pela delegada Mirian Di Manso, titular da DGH. Ontem o delegado Paulo André Migliorin deu cumprimento aos mandados de prisão e apreensão do menor de idade.

Yara e Neocelane foram encaminhadas à Cadeia Pública Feminina e Thalysson seguiu para a Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (PAMC), prisões na zona rural da Capital. Eles foram acusados de latrocínio e agora aguardam pronunciamento da Justiça. O adolescente foi internado no CSE. Nenhum deles quis falar com a imprensa. (AJ)