Polícia

Três bandidos armados assaltam caixa de correspondente bancário

Bandidos não dispensaram nem o dinheiro e os celulares dos clientes que estavam na fila para pagar contas

Uma família que trabalha no segmento de papelaria e alguns clientes viveram momentos de terror no fim da manhã desta sexta-feira, 31, quando foram vítimas de um assalto à mão armada praticado por três bandidos que, ao invadirem o local, na Rua Izídio Galdino (N-21), no bairro Senador Hélio Campos, na zona Oeste, levaram mais de R$ 15 mil e alguns aparelhos celulares.

A Folha foi ao local do crime e conversou com o proprietário, Raimildo Lopes Bandeira, de 50 anos, que deu detalhes de como os criminosos agiram. “Meu sobrinho estava fazendo o atendimento, quando os três chegaram armados em duas motos. Eles entraram e dois deles foram logo pedindo para os clientes entrarem para minha casa, que fica aos fundos, e colocou todo mundo dentro do banheiro, tomando os celulares.

Minha família e eu tivemos que deitar no chão e eles faziam ameaças e mandavam todo mundo ficar de cabeça baixa e não olhar para eles”, explicou Bandeira.

A vítima contou que a casa foi revirada em busca de dinheiro e que os criminosos conseguiram levar o valor exato de R$ 14.693 da papelaria, além de R$ 400 de um cliente, mais R$ 710,00 de uma outra pessoa e cinco celulares.

Os elementos fugiram em duas motos Broz, sendo uma de cor vermelha e outra de cor branca. De acordo com as características apresentadas pelo empresário, um dos assaltantes era moreno, magro e estava vestido com uma calça branca e camisa marrom. O outro indivíduo estava trajando calça jeans e camisa manga curta social.

Antes de saírem do estabelecimento comercial, um deles conseguiu remover o aparelho que armazena as imagens das câmeras de segurança e levou com o bando para que ninguém fosse identificado pela polícia. “Eles estavam de cara limpa”, enfatizou o empresário.

Quando questionado sobre a ação dos elementos, Raimildo disse que suspeita que sejam pessoas que conhecem a papelaria, porque se preocuparam com as câmeras de segurança e sabiam que a família morava na parte dos fundos, para onde levaram todas as vítimas. Todo o dinheiro levado é de um banco ao qual presta serviços como correspondente, inclusive as atividades foram suspensas durante todo o dia de ontem e devem ser retomadas somente na segunda-feira, 03.

Essa não é a primeira vez que o prédio sofre com a ação dos bandidos. “Em maio do ano passado, a lan house do meu filho que fica anexa à papelaria foi assaltada”, revelou Raimildo. O proprietário do estabelecimento chorou ao ressaltar que o sentimento de revolta foi o que restou após a ocorrência.

“Por que no Brasil o trabalhador que acorda todos os dias às 5h para abrir seu comércio às 07h não é respeitado? Não temos segurança nas ruas e eu vou cobrar isso da governadora. Me senti humilhado porque vivo disso, é meu ganha pão, não temos outra atividade”, destacou.

A expectativa da vítima é de que a polícia consiga localizar os elementos e apreender o dinheiro, ou parte dele, para ser restituído. No que se refere à segurança da papelaria, o empresário confirmou que vai adotar novas medidas para evitar que ações desta natureza voltem a acontecer.

Até o fim da tarde de ontem, nenhum suspeito do crime tinha sido preso. As investigações estão em curso e o caso foi registrado no 4º Distrito Policial. (J.B)