Polícia

Três membros de facção morrem ao reagirem durante ação policial

Informação da polícia é que o grupo estava preparado para matar policiais, na noite de quarta-feira, quando foram cercados

Policiais civis e militares do 2º Batalhão da Polícia Militar, em uma ação conjunta, trocaram tiros com quatro elementos considerados de alta periculosidade e que integram a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Todos foram alvejados e três deles morreram a caminho do Hospital Geral de Roraima (HGR). O confronto aconteceu na noite de quarta-feira, 14. O único sobrevivente está internado em estado grave.

Depois de uma investigação, as diligências levaram os policiais ao esconderijo dos criminosos, no bairro Piscicultura, zona Oeste. As equipes receberam informações do Serviço de Inteligência de que a residência servia de base para o crime organizado e que no momento da ação estavam reunidos, planejando ataques a policiais que ocorreriam ainda na noite da quarta-feira.

Assim que o local foi cercado por um grande contingente, os policiais foram recebidos a tiros pelos indivíduos. Diante da situação, eles reagiram, tornando o local um verdadeiro fogo cruzado. Os quatro ocupantes da casa foram baleados na ação e socorridos pelos próprios policiais, que levaram os homens ao Pronto Socorro Francisco Elesbão, no HGR.

Assim que chegaram à unidade de saúde, três não resistiram aos ferimentos e morreram. Um dos elementos permanece sob cuidados médicos, apesar do delicado estado clínico, tendo em vista que houve perda de massa encefálica, decorrente de um dos tiros que atingiu a cabeça.

Os mortos que eram membros do bando foram identificados como Pablo Yuri Barbosa dos Santos Silva, batizado no PCC com o apelido de “Filhote”; Francisco das Chagas Oliveira Filho, também integrante da mesmo facção, o “Chaparral”; e Eduardo Felipe do Carmo Silva, vulgo “Peito de Pombo”. Até o fim da tarde de ontem não se sabia a identidade do indivíduo que está internado.

Foram apreendidas, na ação, quatro armas de fogo e muita munição, que estavam em posse dos elementos, sendo uma pistola 9 milímetros, uma pistola 380, um revólver calibre 38 especial e um revólver 38. Alguns produtos que seriam fruto de delitos como roubo e furto também foram apreendidos. Camisas de manga cumprida e gorro estão entre o material que foi levado à delegacia pelos policiais.

Nas redes sociais, alguns indivíduos que se dizem irmanados ao grupo dos quatro mortos fizeram ameaças à polícia. Em um dos textos, estava escrito: “Para cada irmão abatido, a cobrança virá em dobro. Nosso próprio sangue assim será sangue do meu sangue. Nosso espírito é imortal, meus amados irmãos de caminhada”, escreveu o suposto criminoso.

Quem morava nas proximidades vivenciou momentos de terror. “Eu nunca ouvi tanto tiro em toda a minha vida. Foi uma coisa assustadora ver tanto policial e tanto bandido trocando tiro ao mesmo tempo. Depois daquilo, tive que fechar minha casa e fui tentar dormir com parentes em outro bairro. Passei a noite em claro. Estamos preocupados com essas coisas que acontecem em Boa Vista”, disse.

Na manhã de ontem, uma grande quantidade de parentes dos mortos estava no Instituto de Medicinal Legal (IML) para fazer o reconhecimento e liberação dos corpos para realização de funeral e sepultamento. (J.B)