Polícia

Três são presos após assaltos em sequência com moto roubada

No fim da tarde da quarta-feira, dia 12, policiais que integram o Batalhão de Operações Especiais (Bope), prenderam três pessoas que teriam envolvimento com roubos na Capital. Uma das ocorrências foi frustrada depois de tentarem roubar um Posto de Combustível no bairro Pricumã. No fim da tarde, acabaram sendo localizados em posse de uma moto que tinha sido roubada de um homem que saía de uma farmácia.

Às 15h30, as equipes tomaram ciência de que os bandidos voltaram a cometer um novo assalto e roubaram um celular. A vítima é uma vendedora de 49 anos. “À tarde eu cheguei à casa de uma cliente, fechei meu carro, vinha caminhando pela calçada e apareceram dois caras de moto. Eram magros, altos e morenos. O que me assaltou foi o de camisa amarela estampada e o que pilotava a moto estava usando camisa vermelha. Eles pediram o celular, meteram a mão na minha bolsa e levaram. Me derrubaram e só não fizeram mais coisas porque o vizinho veio me socorrer. Chorei muito, passei mal, acabaram com minha tarde. Recuperaram meu celular”, relembrou.

As buscas resultaram na localização do veículo, numa residência no bairro Pricumã, onde mora um dos suspeitos. A moto já estava com restrição de roubo e furto porque o proprietário já tinha procurado a Delegacia para relatar os fatos. O suspeito foi detido e declarou que nas proximidades, onde há uma área de mata, estava escondido o comparsa, conhecido como “Mucura”. As diligências foram realizadas e o elemento foi visto, junto com mais dois, possivelmente usando entorpecentes. Com a chegada da viatura, eles fugiram e apenas “Mucura” foi detido.

Os detidos disseram que o apelido de um dos indivíduos que fugiu é “Orelhinha” e que ele mora no bairro Cinturão Verde. Na casa do suspeito, a guarnição encontrou o celular K10 Power, produto de roubo, nas mãos de uma jovem de 22 anos. Ela recebeu voz de prisão. O trio foi conduzido à Delegacia para ser ouvido pela autoridade policial. Eles foram autuados em flagrante. 

Com bebê de 5 dias, vítima chora e implora para não ser morta no anel viário

O proprietário da moto que estava em posse dos bandidos compareceu à Delegacia para ter seu bem restituído. Ele contou detalhes de como aconteceu o crime. “Eu estava saindo da farmácia e duas pessoas encostaram de moto, do meu lado. Eu pensei que era um ‘barbeiro’ que queria me derrubar. Quando eu virei para reclamar, já estavam com um revólver 38 apontado para mim, quase no meu rosto. O garupa pulou na garupa da minha moto e mandou eu seguir, com a arma nas minhas costas. Ele que dizia qual o caminho eu tinha que ir”, revelou.

O destino foi a região do Anel Viário, em direção ao município de Alto Alegre.“Eles me levaram para dentro de uma vicinal e depois para dentro do mato. Eles diziam toda hora que iriam me matar. Quando entraram na estrada de chão, eu me apavorei e comecei a implorar para não ser morto porque tenho uma filha que não tem cinco dias de vida. Eu estava com as sacolas que comprei as coisas para minha filha. Acho que por isso não me mataram, apenas me soltaram dentro do mato”, complementou.

Os bandidos abandonaram a vítima no mato, levaram a moto e até sua camisa. “Vim caminhando sem camisa. Eu chorei demais porque nasci de novo e pude ver minha filha. Depois dessa fiquei inseguro até para ir ao trabalho, mas preciso”, concluiu. (J.B)