Polícia

Três vão para a Penitenciária Agrícola após motim no CSE

Jovens completaram a maioridade recentemente; pedido de prisão preventiva foi feito pelo Ministério Público estadual

Três jovens foram encaminhados à Penitenciária Agrícola do Monte Cristo após causarem um motim no Centro Socioeducativo (CSE), onde cumpriam medida de internação. Na noite de quinta-feira, 2, eles atearam fogo em um colchão e não cumpriram o toque de recolher. Como atingiram a maioridade recentemente, o Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) pediu a prisão preventiva dos três jovens.
O Grupo de Resposta Tática (GRT) da Polícia Civil cumpriu os mandados de prisão preventiva na manhã de sábado, 4. Os três jovens passaram por exame de corpo de delito no Instituo Médico Legal (IML) e foram encaminhados para a Penitenciária Agrícola do Monte Cristo.
Segundo o Ministério Público, Joelcio Zanardi da Costa, Maurício da Silva dos Santos e Maicon Matheus Barbosa Chaves já estavam causando tumultos no CSE há algum tempo e fazendo ameaças aos agentes socioeducativos. Por esta razão, o MP entendeu que novos fatos poderiam voltar a acontecer “com consequências mais graves e até mesmo irreparáveis”.
Os três são reincidentes e cumpriam medida no CSE por diversos atos fracionais graves, como roubos e homicídio. Para o promotor Hevandro Cerutti, os adultos que cumprem medida no CSE estão agindo dessa forma porque “confiam na impunidade, sobretudo porque em vez de serem encaminhados ao sistema prisional” ficariam no centro, sendo apenas lavrados Termo Circunstanciado de Ocorrência em desfavor dos três.
No entendimento do promotor, os maiores deveriam ser presos em flagrante pelo motim e incêndio que “levaram graves danos ao patrimônio público”. Conforme o pedido do MP, houve um equívoco de procedimento ao lavrar apenas um TCO para os adultos.
“O argumento é simples: praticaram crime e não ato infracional. Ao cometerem crimes após atingirem a maioridade penal, ainda que este esteja em cumprimento de internação no CSE, entendo que o encaminhamento ao sistema prisional era a medida correta a ser adotada, devendo, assim, esse equívoco de procedimento ser imediatamente corrigido”, finaliza Cerutti.