
A Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) retirou de seu prédio, situado no Centro, três unidades da Polícia Civil de Roraima e os setores ainda não teria para onde ir, informou uma fonte. As outras estruturas da sede da pasta serão transferidas para um local alugado no bairro Pricumã.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
As unidades de mudança são: a Delegacia Geral de Homicídios (DGH), o Núcleo de Roubos e Furtos de Veículos Automotores (NRFVAT) e a Corregedoria de Polícia (Corregepol). O destino mais provável será a sede da Cerr (Companhia Energética de Roraima). Nessa quarta-feira (6), a Folha flagrou o momento em que um caminhão de logística do Corpo de Bombeiros realizava a mudança da estrutura da Sesp para o prédio.
Uma fonte exemplificou o caso da DGH, que apesar de ser uma das delegacias mais importantes, há muitos anos funciona de forma precária no segundo andar da Sesp. “Tudo funciona num mesmo ambiente, um único vão divido por armários. Presos algemados, vítimas e testemunhas são obrigados a ficar na mesma sala. Não tem carceragem, não tem cartório, não tem sala para o delegado, não tem sala de reconhecimento, entre outros”, explicou.
Ainda segundo a fonte, a Polícia Civil chegou a negar o pedido da DGH para se transferir para o prédio onde funciona a DDIJ (Delegacia de Defesa da Infância e Juventude), situado no Centro de Boa Vista. “Novamente, quer improvisar num prédio público inapropriado, um espaço para a DGH”, diz o denunciante sobre o prédio alugado.
Procurada, a Polícia Civil prometeu realocar os setores da Sesp em “ambientes que atendam às normas e requisitos necessários para continuar a eficiente prestação de serviços à população e garantir o bem-estar dos profissionais que atuam nestas unidades policiais” e garantiu empenho “em assegurar condições apropriadas para as delegacias”. Mas ainda não confirmou o local.
Na mesma oportunidade, a Folha também pediu ao governo estadual informações detalhadas sobre a reforma da sede da Sesp, em relação aos custos e a previsão de início e término das obras, mas a reportagem não foi respondida.