OPERAÇÃO SINAL VERDE

Vídeo mostra operação da Polícia Civil dentro da Secretaria de Trânsito

Corporação informou que, desde 2013, um mesmo grupo vence contratos milionários da SMST que não haveria concorrência em licitações

Policiais civis recolhem calhamaço de documentos para investigação sobre fraudes licitatórias na SMST (Foto: PCRR)
Policiais civis recolhem calhamaço de documentos para investigação sobre fraudes licitatórias na SMST (Foto: PCRR)

A Polícia Civil de Roraima divulgou vídeo que mostra o andamento da Operação Sinal Verde, que investiga possível cartel com a participação de servidores públicos, na Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Trânsito (SMST), desde 2013 (veja ao final da reportagem).

As imagens mostram policiais civis averiguando documentos que podem sustentar as investigações. Posteriormente, os papéis foram amontoados em duas sacolas. O vídeo, inclusive, mostra que os documentos precisaram ser levados para o veículo da Polícia Civil com a ajuda de dois agentes.

A corporação informou que, desde 2013, um mesmo grupo empresarial vence contratos milionários da SMST que não haveria concorrência em licitações.

A operação na manhã desta sexta-feira (10), na sede da SMST, pretendia cumprir mandados de buscas para apreender dez processos licitatórios, firmados a partir de 2013. Desses, nove foram apreendidos pela corporação. A delegada de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública, Magnólia Soares, disse que houve processo em que os volumes não foram localizados e afirmou que, possivelmente, vai solicitar diligências para localizá-los.

“Caso haja negativa, vamos buscar novamente as vias judiciais”, disse Magnólia, que ainda apontou possível tráfico de influência. “Há um grupo fechado de empresas que pode haver vazamento de informações, com informações privilegiadas e isso tudo quebra o princípio da concorrência que deve ter nos processos licitatórios”, esclareceu.

A delegada explicou que os documentos apreendidos vão confirmar ou não a existência de cartel nas licitações municipais. “Essas empresas vêm atuando no Município desde o ano de 2013, sempre com contratos na maioria das vezes sendo aditivados sem abertura de licitação”, destacou.