Uma vistoria realizada durante todo o dia desta terça-feira, 21, na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), pela Polícia Militar em parceria com as unidades do Batalhão de Operações Especiais (Bope), alunos do curso de formação da PM, Companhia Independente de Policiamento de Guarda (CIPG), Divisão de Inteligência e Captura (Dicap) e Agentes Penitenciários fizeram a apreensão de aparelhos celulares e drogas. Também foram localizadas anotações sobre uma facção criminosa.
De acordo com o subcomandante da Polícia Militar, coronel Magalhães José Damasceno, a vistoria começou por volta das 8h e só foi encerrada às 18h. Dentre o material apreendido, que estava em posse dos detentos, estão entorpecentes como maconha e pasta base de cocaína.
“É uma vistoria de rotina que estamos realizando periodicamente para manter o presídio seguro e mais tranquilo. Apreendemos aparelhos celulares e entorpecentes. Nós estamos preocupados com a situação da unidade prisional e, por este motivo, decidimos fazer as revistas. Estamos aproveitando este momento em que as visitas estão suspensas para realizar ações dessa natureza”, destacou.
Os presos usam ralos dos banheiros das celas ou constroem buracos disfarçados nas paredes ou embaixo das camas para esconder o material ilícito. Um dos buracos chamou a atenção pela engenhosidade, construído na parede e com tampa de enroscar. O local da tampa fica disfarçado com uma massa feita a partir de uma mistura de cimento e sabão em barra. Nesse buraco, junto com celulares, havia anotações sobre uma facção criminosa.
Todos os detentos que mantinham os entorpecentes e os celulares escondidos foram denunciados à Vara de Execuções Penais e sofrerão punições pela conduta. Pelo menos 50 aparelhos celulares foram encontrados dentro da penitenciária e mais de um quilo de entorpecentes.
O balanço da ação policial, que confirma a quantidade exata de materiais apreendidos, não foi realizado ontem, mas será divulgado ainda hoje. Conforme os policiais que participaram da ação, tanto a droga quanto os telefones entraram na Pamc com facilidade que indicam algum tipo de favorecimento. “Os aparelhos não entram na hora da visita porque temos um circuito de segurança e detectores de metais e eletrônicos. Sem dúvida, alguém auxilia os detentos a conseguirem tudo isso, mas a droga pode estar entrando durante a visita, uma vez que não temos mais a revista íntima”, alertou um dos agentes. (J.B)