Agenda da Semana abordou nesse domingo a questão das energias renováveis para o estado de Roraima entrevistando o diretor do Instituto de Identificação Odílio Cruz e Técnico em Eletrônica Amadeu Triani.
“Hoje nós já temos empresas instaladas em Boa Vista e o mercado nacional está em plena expansão, mas ainda tem muito a expandir. É uma energia limpa e que se paga, pois dez anos atrás um watt custava dez reais, e hoje caiu para menos de cinco reais, por conta da expansão e do avanço da tecnologia”
Amadeu Triani explicou ainda que a posição geográfica de Roraima ajuda muito por conta da incidência de sol.
“Os produtores de energia solar têm um período curto do dia para explorar, mas aqui o sol incide na vertical e são 12 horas de energia solar em Roraima, e a produtividade é excelente. Não temos como não explorar isso. Se for comparar com Hidrelétrica do Bem Querer, no projeto que está previsto, não vai produzir nem um watt por metro quadrado, e um metro de placa solar gera no mínimo 150 watts, médio, em seis horas. É um investimento que se paga e produz durante 25 anos com pequenas manutenções preventivas e sem efeitos catastróficos para o meio ambiente.”
Para Triane, é preciso investir no setor produtivo. “A partir do momento em que começarmos a exportar energia, vamos crescer enquanto estado. O pico produtor dos estados do sul e sudeste é no momento em que temos mais sol em Roraima, por volta de 9h da manhã, e isso vai aumentar o PIB do Brasil e consequentemente Roraima vai lucrar com o resultado do Fundo de Participação dos Estados e Municípios.”
Triane explicou ainda que a energia é que vai determinar o desenvolvimento econômico dos países e citou que o leilão pré-sal, por exemplo, não deu muito certo pelo fato do crescimento elétrico estar alavancando.
“Querem taxar a energia solar para reduzir o desenvolvimento. Não é possível que alguém descobre como conectar a energia do sol na rede, produz energia em excesso, e mesmo assim terá que pagar ainda mais, pois hoje já é taxado e querem mais sobretaxa. Vejo isso como forma de frear o desenvolvimento, mas não tem como frear. Os produtores podem fazer sistema isolado e ficar independente e não vão precisar pagar nada. Sistema independente, em 6 anos o produtor de energia retoma seu investimento.”