Política

17 pessoas são denunciadas por crime eleitoral

A acusação é que as pessoas envolvidas na investigação teriam comprado voto na eleição de 2014

Dezessete pessoas, dentre elas um empresário e um policial civil, foram denunciadas por crime eleitoral que supostamente aconteceu nas eleições de 2014, no município de Caracaraí. A denúncia foi feita pelo Ministério Público Estadual, na semana passada, e aponta que os denunciados teriam comprado votos para candidato ao cargo de deputado estadual.

De acordo com o MP, a comprovação dos crimes aconteceu após a Operação Demo Caracaraí, que aconteceu em maio do ano passado pela Polícia Federal, quando foram cumpridos um mandado de prisão temporária, 15 mandados de condução coercitiva e 10 mandados de busca e apreensão, além da quebra do sigilo bancário e fiscal do empresário.

Ainda segundo o MP, as investigações confirmaram que o empresário acusado foi quem “operou um grande esquema de compra de votos no município nas eleições de 2014”. Após concluir o inquérito número 316/2014, a Polícia Federal enviou o relatório para a Promotoria de Justiça da Comarca de Caracaraí, responsável pela atuação junto a 2ª Zona Eleitoral do estado.

Conforme o promotor de Justiça substituto, Kleber Valadares, os envolvidos cometeram crime ao infringir o artigo 299 da Lei Eleitoral que “proíbe a obtenção de votos por meio de vantagem financeira ou de qualquer espécie”.

“Os denunciados ofereciam R$ 100 para eleitores votarem no candidato a deputado. Durante a operação foram encontrados cadernos com anotações referentes a compra de votos. Além disso, seis dos envolvidos, que comandavam as negociações, também responderão por associação criminosa”, explica o promotor de justiça.

O promotor explica que o relatório da Operação Demo Caracaraí apresenta indícios da ligação direta do candidato a deputado estadual no esquema de corrupção eleitoral, “além de apontar que os principais envolvidos no caso atualmente ocupam cargos de assessores parlamentares do deputado”.

“Diante do foro especial por prerrogativa de função de deputado estadual, a Promotoria de Justiça extrairá cópias dos autos e as encaminhará para a Procuradoria Regional Eleitoral de Roraima a fim de que seja dado o devido prosseguimento nas investigações”, conclui o promotor de justiça.

Com informações do MP