Política

Acampamento bolsonarista em RR começa a ser desmontado por ordem de Moraes

Ordem foi expedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, ministro Alexandre de Moraes, após a invasão terrorista ocorrida ao Palácio do Planalto, ao Congresso Nacional e ao STF

O acampamento bolsonarista montado em frente à primeira Brigada de Infantaria de Selva (BIS), em Boa Vista, começou a ser desmontado na manhã desta segunda-feira (9). O local era ocupado por manifestantes autointitulados “patriotas” desde 31 de outubro, movidos pela insatisfação com a derrota de Jair Bolsonaro (PL) para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais.

A ordem foi expedida pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, após a invasão terrorista ocorrida na tarde desse domingo (8), ao Palácio do Planalto, ao Congresso Nacional e ao STF. O magistrado deu 24 horas para a “desocupação e dissolução total” dos acampamentos nos quartéis generais de todo o País.

Na manhã desta segunda, militares do Exército bloquearam os acessos ao quartel, pela avenida General Sampaio (na altura do abrigo Waraotuma a Tuaranoko, da Operação Acolhida), e a entrada da rua Marechal Rondon. Apenas carros do Exército e os responsáveis pelo desmonte do acampamento podiam passar pelo local. O desmonte tem sido pacífico.


Controle de acesso ao quartel em Roraima, próximo ao abrigo indígena (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

A Folha esteve no local e pôde ver a movimentação de caminhões de frete que levavam os objetos do acampamento, que ainda possui tendas em frente ao quartel. Alguns bolsonaristas, um deles com a camisa da seleção brasileira, tentou acessar o quartel, mas militares não permitiram a entrada.


Bolsonaristas tentaram entrar no local (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Enquanto a reportagem registrava o desmonte, uma bolsonarista xingou por mais de uma vez o jornalista e a fotojornalista do portal.

Em Roraima, os bolsonaristas iniciaram o movimento com pedido de intervenção militar, mas ao longo dos dias, mudaram os discursos, usando palavras diferentes, com a justificativa de evitar prejudicar Bolsonaro.