Política

Advogada denuncia que investigados sofrem coação

Mônica Cseke, que segundo ela defende 12 dos 20 investigados na operação Cartas Marcadas

A advogada Mônica Cseke, que segundo ela defende 12 dos 20 investigados na operação Cartas Marcadas, deu uma coletiva hoje a imprensa para denunciar que seus clientes estariam sofrendo coação. Além da advogada, quatro parentes de presos também participaram da coletiva.

A operação foi deflagrada em 15 de junho pelo Ministério Público Estadual, para investigar servidores da ALE/RR que teriam fraudados processos licitatórios,

Segundo ela, uma das presas, Verona Sampaio, ex-presidente da CPL (Comissão Permanente de Licitação) da Assembleia Legislativa, afirmou ter sido retirada da sua cela no CPC (Comando de Policiamento da Capital) depois das 22 horas, junto com seu irmão, Rafael, também preso na operação, e sua cunhada, Anny, e colocada em outra sala onde recebeu dois advogados.

Ambos, segundo a denunciante, teriam oferecido redução de pena, inclusão no sistema de proteção de testemunhas, concessão imediata de liberdade provisória, devolução de bens e valores apreendidos, e ainda uma soma em dinheiro, se os presos fizessem uma delação premiada em desfavor de deputados estaduais.

A presa que fez a denúncia teria escrito uma carta de próprio punho afirmando se sentir “coagida a prestar declarações falsas que seriam utilizadas em uma guerra política”.

Carta e áudio (gravação ambiental) foram protocolados pela advogada do grupo, Mônica Cseke, junto à Justiça Federal, Ministério Público Federal e Polícia Federal, com pedido de proteção policial, já que a maioria dos presos está sob a custódia do Estado.

O julgamento dos pedidos de Habeas Corpus deverá ocorrer nesta terça-feira, 09. Segundo a advogada, os pedidos haviam sido solicitados há 51 dias, mas só agora, o Judiciário sinalizou a data definitiva para a realização da ação.