Política

ALE quer parceria com entidades da rede de proteção às vítimas

O Núcleo de Proteção às Vítimas de Tráfico de Pessoas para fins de Exploração Sexual, criado pela Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) para funcionar dentro da estrutura do Centro Humanitário de Apoio à Mulher (Chame), vai se reunir com entidades membros da Rede de Proteção e Atendimento às Vítimas e apresentar sua metodologia de funcionamento.

O objetivo é trabalhar por meio de parcerias com os sistemas de Justiça Estadual e Justiça Federal, incluindo os juizados, promotoria e defensoria, e o de Segurança, com as delegacias da Mulher e de Proteção ao Adolescente, bem como o Departamento de Direitos Humanos da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc), as polícias e organizações não governamentais.

“A rede tem que saber qual é esse trabalho que vamos realizar dentro do Chame e do Núcleo para que a gente possa fazer esse trabalho com muita integralidade. Esse é o nosso papel, integrar essa rede com finalidade nessa ação que estamos desenvolvendo”, disse a coordenadora do Núcleo, Socorro Santos.

Para a deputada Lenir Rodrigues (PPS), coordenadora do Chame, as parcerias são importantes porque o Centro não possui estrutura nem orçamento para atuar em todas as frentes. “Hoje o Núcleo de Tráfico de Pessoas já está fazendo atendimento e acompanhamento de pessoas que retornaram ao Estado após terem sido vítimas desse crime que é bárbaro, mas também tem a função de articular a rede para que a gente possa fazer um trabalho de prevenção”, explicou.

A deputada contou também que é importante manter contato com as prefeituras dos municípios, principalmente Pacaraima, Bonfim e Rorainópolis, onde estão as saídas do Estado. Além de uma campanha que leve informação aos jovens e pais sobre o crime de tráfico de pessoas, mais especificamente as meninas.

“São essas moças que são convidadas a desfilar, a serem modelos, a viajar como acompanhantes e quando chegam ao destino final elas são submetidas a vários outros tipos de crime, como trabalho escravo e prostituição. Então esse trabalho de prevenção, já que temos fronteira aberta com dois países, é muito importante”, opinou Lenir.

A sede do Chame está na rua Coronel Pinto, 524, Centro, e funciona das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira. O telefone para contato é 3623-2103. Também o Zap Chame atende denúncias, inclusive anônimas, pelo número 98805-4794.