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ALE-RR implanta novo projeto de combate ao tráfico de pessoas nas fronteiras de Roraima

Conteúdo Especial

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RORAIMA
 ‘Sem fronteiras’ será implementado por meio do Programa de Direitos Humanos e Cidadania da ALE-RR e visa o combate ao tráfico de pessoas (FOTO: Marley Lima/ SupCom ALE-RR)
‘Sem fronteiras’ será implementado por meio do Programa de Direitos Humanos e Cidadania da ALE-RR e visa o combate ao tráfico de pessoas (FOTO: Marley Lima/ SupCom ALE-RR)

A Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), por meio do Programa de Direitos Humanos e Cidadania, deve implementar em março um novo projeto de combate ao tráfico de pessoas. O “Sem Fronteiras” vai ser iniciado em Rorainópolis, região Sul do Estado, cidade que tem alto registro desse tipo de crime e faz divisa com o Amazonas.

Iniciativa-piloto deve começar em Rorainópolis, cidade que tem alto índice de exploração de pessoas e tráfico (FOTO: Eduardo Andrade/ SupCom ALE-RR)

O projeto tem por objetivo formar profissionais para prevenir o tráfico de pessoas na região e contará com apoio de outras instituições da rede de combate ao crime. Também será formado um grupo de trabalho, que receberá apoio do Programa de Direitos Humanos e Cidadania do Legislativo durante um ano.

De acordo com a diretora do programa, Socorro Santos, as equipes vão apresentar o projeto e fazer um mapeamento das organizações parceiras nos dias 27 e 28 de fevereiro. Já em março, os servidores retornam à cidade para promover a capacitação do grupo que será criado.

“Vamos mapear as instituições para que elas conheçam o projeto e formar profissionais para fazerem a escuta, atender as pessoas, não revitimizá-las, porque não pensamos apenas em formar, mas queremos que eles sejam multiplicadores de conhecimento”, explica Socorro.

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Posteriormente, o projeto deve ser levado para as fronteiras do Brasil com a Venezuela e Guiana, incluindo o município de Uiramutã, onde há fluxo migratório, de acordo com Socorro. Ela acrescentou que as ações também serão voltadas para a formação de profissionais e da sociedade em geral, para que os cidadãos saibam como combater violações dos direitos humanos. Também estão previstos seminários, fóruns e capacitações com outras instituições parceiras.

“Nosso desejo é que as pessoas sejam participantes desta rede de combate e ajam quando for necessário, sabendo quais são seus direitos e onde procurá-los”, afirmou Socorro Santos, diretora do PDDHC (FOTO: Nonato Sousa/ SupCom ALE-RR)

‘Educar é Prevenir’

A iniciativa se soma às atividades de enfrentamento à exploração de pessoas, que já existem no âmbito do programa, como o projeto “Educar é Prevenir”, vinculado ao Centro de Promoção às Vítimas de Tráfico de Pessoas, do Programa de Direitos Humanos. As palestras informativas e orientativas são realizadas em escolas da rede pública de ensino do Estado desde julho de 2016.

Estudantes, professores e técnicos das unidades escolares assistem palestras sobre os perigos de aliciamento de jovens para o tráfico de pessoas, no projeto ‘Educar é Prevenir’ 9FOTO : Nonato Sousa/ SupCom ALE-RR)

Mais de 8 mil alunos já participaram das rodas de conversa e 2,2 mil professores e funcionários de 43 escolas passaram por formação. As unidades de ensino são selecionadas pela Secretaria de Estado da Educação e Desporto (Seed) a partir de critérios estabelecidos pela própria pasta.

Conforme o coordenador do Centro de Promoção, Glauber Batista, um dos focos das palestras tem sido o aliciamento por meio da internet, um campo vulnerável e de forte atuação dos criminosos. Além disso, ele enfatiza que Roraima é uma rota em potencial para o tráfico internacional, interestadual e intermunicipal, exigindo, portanto, atuação incisiva do poder público.

Coordenador do Centro de Promoção às Vítimas de Tráfico de Pessoas, Glauber Batista (FOTO : Nonato Sousa/ SupCom ALE-RR)

“As questões de aliciamento via redes sociais têm viés psicológico, porque o criminoso tem tempo para fazer isso, com o objetivo de cometer o abuso sexual, tráfico de pessoas e outros crimes correlatos, como o tráfico de drogas. Então, essa é a nossa preocupação, esclarecer os cuidados que é preciso ter com aplicativos, salas de bate-papo e as redes sociais”, enfatizou.

Durante as palestras, foram entregues 6,2 mil cartilhas sobre a Lei 13.344/16, que trata do crime de tráfico de pessoas no Brasil. O material foi distribuído em 74 instituições e escolas e eventos desde novembro de 2018. Além disso, 17 casos foram encaminhados às autoridades competentes.

“Essas informações precisam chegar a todas as pessoas, para que elas saibam como proceder frente a situações de tráfico. Para 2024, estamos afinando algumas alterações que avaliamos necessárias, bem como mantendo diálogo com a Secretaria de Educação, para, em março, acredito eu, retornar às escolas com esse projeto da Assembleia Legislativa que tem dado tão certo”, concluiu o coordenador.

Agendar palestras

As escolas que necessitam de atendimento especializado, podem procurar a sede do programa, localizada na Rua Coronel Pinto, nº 524, bairro Centro, pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (95) 98402-1493.

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