Política

Aneel diz que já esgotou todas as negociações de sua alçada

Em documento enviado ao vice-governador, Aneel afirma que não tem mais qualquer ingerência para resolver entrave

A viabilização de Roraima, segundo o vice-governador Paulo César Quartiero (DEM), passa pela questão da energia elétrica. “Se Roraima não tiver abastecimento confiável, a preço competitivo, com valor que os consumidores possam pagar, estará inviabilizado”, frisou.
Na opinião dele, a prioridade do poder público, atualmente, deveria ser a solução para esse problema. “Temos que incorporar Roraima no sistema nacional elétrico. Essa é a única opção que sobrou porque não construíram hidrelétricas e não se investiu no Linhão de Guri, que fracassou. Todos os outros estados estão fazendo isso [interligando ao sistema], menos Roraima. Quando chegou a Manaus [AM], uma série de dificuldades foi imposta pela Funai [Fundação Nacional do Índio], Ministério Público Federal e até da Justiça amazonense. Sem isso, o Estado não tem como sobreviver”, disse.
Quartiero afirmou que o aumento recente de 54% do preço da energia elétrica inviabiliza a atividade agrícola por conta do uso de equipamentos, como bombas d’água. “Não podemos ficar dependentes de termelétricas. O Brasil não tem como suportar o gasto que isso dá. Energia cara e inconfiável”, comentou.
O vice-governador está acompanhando o caso de perto junto à Agência Nacional de Energia Elétrica. “Desde que surgiram aquelas notícias da suspensão da obra do Linhão de Tucuruí [que interliga o sistema nacional de energia], estivemos na Aneel e, a nosso pedido, conseguiram derrubar a liminar que impedia a obra. Depois fiquei cobrando uma postura quando houve novas interferências do Ministério Público e Funai, citando que o linhão interferia na vida da comunidade dos Pirititis, criada no Sul do Estado”.
Conforme Quartiero, no dia 18 passado, a Aneel informou já ter esgotado todas as possibilidades de interferência com relação ao caso e externou a urgência para a solução dos entraves para o início da obra. “Não está mais ao alcance da Aneel, e eles próprios admitem que os problemas somente serão resolvidos com a intervenção do Governo Federal. Os maiores prejudicados somos nós e temos que fazer uma frente política de governo de todos nossos deputados para pressionar o Governo Federal para que Roraima não continue prejudicado”, frisou.