Política

Angústias causadas pela Covid e pedidos pela volta da Ditadura 

Como nos finais de semana anteriores, avenidas de Brasília e também de São Paulo foram palcos no domingo (31.05) de manifestações

A coluna Parabólica de hoje fala das angustias diária vividas pelos brasileiros, além das tragédias provocadas pela pandemia e pela incerteza da evolução da crise política que se instalou entre o Palácio do Planalto e o Poder Judiciário, que se representa pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

Como nos finais de semana anteriores, avenidas de Brasília e também de São Paulo foram palcos no domingo (31.05) de manifestação de ativistas que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que utilizam palavras de ordem contra o STF, criticam a imprensa, e fazem apelo por golpe militar. Isso assusta os brasileiros e as brasileiras, mesmo que muitos não tenham sentido na pele os dissabores da ditadura.

E esses movimentos pedindo ditadura, que no começo pareciam escandalizar muita gente, vão aos poucos sendo encarados como normais de uma época de tanta divisão ideológica, que vem sendo cultivada -diga-se a bem da verdade-, desde os tempos do lulopetismo, e seu mantra do “nós contra eles”, ou “do nós contra os coxinhas”. E esse discurso ideológico continuou sendo alimentado pelo atual governo, e as forças sociais que o apoiam, agora sob a roupagem dos “esquerdistas conta os da direita cristã”. Na falta de vozes conciliatórias, que se façam capazes de ser ouvidas, os brasileiros caminhamos cada dia mais divididos, mesmo que na presença de uma pandemia, que à princípio, deveria ser motivadora de união contra ela.

Junte-se a esse divisionismo, o brutal desencanto dos brasileiros e das brasileiras contra os defeitos -corrupção e malfeitos-, e a ineficácia -falta de respostas contra a desigualdade social e a falta de emprego-, da democracia representativa no Brasil e, aí, temos todos os ingredientes de motivaram e alimentam essa crise moral, política, social e econômica que nos infelicita faz mais de uma década. E o pior: quase ninguém está vendo mais uma luz no final do túnel, capaz de alimentar a esperança de uma saída. É triste começar mais uma semana com tanta desesperança. Mas, o que fazer?

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