Depois de ter sido derrotado na tentativa de se reeleger prefeito, Josué Matos (PP), decidiu cancelar todos os contratos e exonerar cerca de 50 servidores comissionados do município de Mucajaí, localizado na região Centro-Oeste de Roraima. Na eleição deste ano, o gestor ficou em terceiro lugar com 16,15% dos votos.
O município de Mucajaí possui 14.792 habitantes, segundo estimativa feita em 2016 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os servidores foram comunicados da exoneração por meio de Portaria. Além da exoneração, outros funcionários estariam sendo trocados de setor. Ao saberem da notícia, servidores ficaram inconformados e manifestaram insatisfação pelas redes sociais. “Para certo político, que não tem consideração para quem ficou até o final com ele, mesmo vendo que ele já estava derrotado por conta de suas incompetências políticas, sem levar em conta a falta de respeito consideração e sensibilidade com pais e mães de família (sic)”, disse um servidor.
Procurado pela Folha, Josué Matos negou que tenha se vingado por ter perdido as eleições, e afirmou que a decisão foi tomada para enxugar a máquina pública. “Eu realmente exonerei os servidores. Alguns tiveram que sair porque temos que adequar a folha salarial e não ultrapassar a Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse.
O prefeito afirmou que as demissões ocorreram dentro da Lei. “Cargo comissionado está livre para nomeação e exoneração em qualquer momento. Se tivesse ganhado, também seriam exonerados, porque todo ano isso acontece, não apenas em período eleitoral”, frisou.
Matos não obteve êxito nestas eleições ficando em terceiro lugar no município, com 1.568 votos. A candidata Eronildes Aparecida Gonçalves (PR), mais conhecida como “Nega do Edio”, venceu as eleições para a prefeitura de Mucajaí com 4.746 votos, o que representa 48,87% dos eleitores. (L.G.C)