Armando Neto é eleito presidente da comissão do impeachment do governador

Renato Silva é o vice-presidente e Neto Loureiro o relator. Agora, começa o prazo para Antonio Denarium apresentar defesa

O deputado estadual Armando Neto em entrevista à Folha (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
O deputado estadual Armando Neto em entrevista à Folha (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Por seis votos a quatro, o deputado estadual Armando Neto (PL) foi eleito nesta segunda-feira (2) para a presidência da comissão da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) que vai analisar o pedido de impeachment do governador Antonio Denarium (Progressistas) por supostos crimes de responsabilidade. Após a eleição, ele determinou a comunicação oficial do ato de instalação do colegiado ao chefe do Poder Executivo.

Além do próprio voto, Neto recebeu os votos dos colegas Éder Lourinho (PSD), Jorge Everton (União Brasil), Idázio da Perfil (MDB), Neto Loureiro (PMB) e Renato Silva (Podemos). Coronel Chagas (PRTB), que também se candidatou à função, recebeu o próprio voto, além de Aurelina Medeiros (Progressistas), Marcelo Cabral (Cidadania) e Marcos Jorge (Republicanos).

Renato Silva foi eleito por unanimidade como vice-presidente do colegiado. Por sua vez, Neto Loureiro foi escolhido por seis votos a dois como relator da denúncia – ele recebeu o próprio voto e dos colegas Armando Neto, Éder Lourinho, Jorge Everton, Idázio da Perfil e Renato Silva. Aurelina, que também se candidatou à função e votou em si mesma, ainda recebeu o apoio de Coronel Chagas, Marcelo Cabral e Marcos Jorge.

Os membros do colegiado, na ocasião, não definiram o cronograma das próximas reuniões, como era esperado. A partir de agora, começa o prazo de até dez sessões ordinárias para Denarium apresentar defesa. Após esse ato, o relator poderá solicitar diligências, como oitiva de testemunhas e, ao final, apresentar relatório para discussão na comissão.

A denúncia foi protocolada em junho por Rudson Leite, Juraci Escurinho e Fábio Almeida, candidatos rivais de Denarium no pleito de 2022. O documento apresenta uma série de acusações, incluindo abuso de poder político e econômico, desvio de recursos públicos, nepotismo, superfaturamento de contratos e gestão inadequada de programas sociais e recursos destinados à saúde e infraestrutura. Em julho, o pedido foi recebido pelo presidente da ALE-RR, Soldado Sampaio, e começou a tramitar na Casa.

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