O deputado estadual Jeferson Alves (PTB) esteve no programa Agenda da Semana, comandado pelo economista Getúlio Cruz, e falou sobre a audiência pública que acontecerá na próxima quinta-feira, 28, na Assembleia Legislativa de Roraima, para tratar do bloqueio na BR-174, rodovia que liga Roraima ao Amazonas.
“Chegou o momento de debatermos acerca dessa questão que tanto maltrata e humilha nosso Estado que é a corrente que impede o tráfego de automóveis e pedestres, por 12 horas, nos mais de 120 quilômetros que passam pela Reserva Indígena Waimiri-Atroari. Roraima fica parado seis meses no ano, sem possibilidade de ir e vir”, destacou.
O parlamentar afirmou que a audiência é uma forma de chamar a atenção do governo federal para o problema.
“Convidei deputados e senadores do Amazonas e de Roraima para fazermos uma carta ao presidente Bolsonaro. Ele veio a Roraima e prometeu que ia tirar a corrente. Levou 71% dos votos do Estado e minha intenção é juntar as forças para achar uma saída, pois este assunto tem que ser pauta do governo. Eu mesmo já presenciei algumas vezes em conversas com o governador o debate sobre esse tema e é preciso empenho de toda a classe política de Roraima”, avaliou.
BASE DO GOVERNO – Além da situação na rodovia, o deputado Jeferson Alves falou, entre outros temas, sobre o aumento da base do governo na Assembleia Legislativa.
“Hoje, o governo tem em torno de 16 nomes compondo sua base. O Coronel Chagas é um grande parlamentar e decidiu sair por uma questão pessoal, mas foi substituído por alguém à altura que é o deputado Soldado Sampaio. Ele conhece bem a Casa e o governo não perde nada, faz é ganhar, pois Sampaio é bem articulado, transita em todos os lados.”
Sobre a possível mudança na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que deve ser votada na próxima semana, para que o governo não pague benefícios constantes nos PCCRs dos servidores públicos, Alves disse que a base ampla pode ajudá-lo, mas não garante a votação. “Tem muitos deputados eleitos pelo funcionalismo público e o que ouço lá é que vão chamar a quatro mãos para discutir. Terá uma pressão grande, pois Roraima vive crise imensa, terrível e hoje o governador tem dificuldades em pagar a folha. O governo tenta ajustar as contas, mas mexer em direito adquirido é complicado. A vontade popular tem que prevalecer e o que for bom para o Estado contará com meu apoio, e o que não for, terá crítica construtiva”, assegurou.