Política

Assembleia Legislativa cria Comissão para analisar CPI da Educação

O pedido de abertura de uma CPI foi protocolado pelo Sinter. A Comissão Especial terá 60 dias para analisar se os fatos apresentados justificam uma CPI

Foi criada hoje (7) uma Comissão Especial Externa, na Assembleia Legislativa, que vai analisar se há ou não elementos que justifiquem a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar possíveis irregularidades na Educação do Estado, em especial na aplicação dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

O pedido de CPI foi protocolado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Roraima (Sinter) e endossado pela maioria dos deputados. A Comissão Especial é formada pelos parlamentares Jânio Xingu (PSL), Jorge Everton (PMDB), Naldo da Loteria (PSB), Soldado Sampaio (PC do B) e Mecias de Jesus (PRB). O grupo terá um prazo de 60 dias para analisar a documentação e pedir novos documentos e informações. O prazo pode ser prorrogado por igual período, conforme Regimento Interno.

Segundo o líder do G14, George Melo (PSDC), a comissão, dentro de um prazo curto, deve fazer o relatório e encaminhá-lo para votação em plenário. “Sabemos do clamor da população, mas tenho dito desde o início, que está sendo dado o direito do contraditório, e eu acredito que em um período curto de tempo, esse relatório vai ser analisado em plenário”, afirmou,

A comissão especial vai analisar se os elementos levantados pelo Sinter justificam a abertura da CPI. George Melo explicou que caso o parecer da Comissão Externa seja favorável, ela será ouvida em plenário, e se for contrário, o plenário pode desconsiderar o parecer, e optar por abrir a CPI.

Na avaliação do líder do Executivo na Assembleia, Brito Bezerra (PP), o procedimento adotado pela Mesa Diretora para criar a comissão externa foi correto, visto que o Sinter por si só não poderia pedir CPI. Outro ponto, segundo ele, seria para garantir que os documentos reúnem fatos concretos que justifiquem a investigação.

Conforme ele, uma CPI precisa de requisitos, como denúncias consistentes e que sejam feitas de forma lícita. “Analisa (a comissão) a fundamentação jurídica da denúncia, a veracidade, a fonte, e se tiver toda essa consistência, aí sim, se abre a CPI para apurar esses fatos. Então, a Mesa Diretora fez correto, sim. O fato determinante essa Comissão vai dizer se tem ou não”, declarou.

Quanto ao prazo de até 120 dias, Brito disse que deve-se usar os dias necessários previstos no Regimento Interno, para que não se abra um CPI que “não dê em nada”. “Isso seria para a Casa algo negativo. A Casa tem responsabilidade, abriu uma comissão de forma paritária, com três blocos para saber se realmente existe fato determinante”, defendeu.

OUTRA COMISSÃO
Quanto à Comissão Processante para analisar denúncias do Ministério Público de Contas (MPC) contra a governadora Suely Campos (PP) e a chefe da Casa Civil, Daniele Campos, de acordo com os deputados, aguarda análise da consultoria jurídica da Assembleia.

Fonte: ALE