Durante reunião para discutir o impasse entre as entidades indígenas Sodiur (Sociedade de Defesa dos Índios Unidos do Norte de Roraima) e CIR (Conselho Indígena de Roraima) sobre barreiras montadas na estrada de acesso ao município de Uiramutã, a Comissão de Assuntos Indígenas da Assembleia Legislativa resolveu promover uma audiência pública, no dia 16 de setembro, para reunir os representantes indígenas e ampliar os debates sobre o assunto.
A decisão foi tomada na manhã desta quinta-feira, 19. A presidente da Comissão, deputada Lenir Rodrigues (Cidadania), explicou que o pedido da reunião partiu do deputado Nilton do Sindpol (Patri). “Segundo informações que tivemos, as barreiras já foram retiradas”, disse a deputada ao lamentar a ausência do poder público por muito tempo nas políticas de apoio às populações indígenas.
“Com isso, as barreiras que foram montadas por conta da pandemia foram se estendendo para outros aspectos”, mencionou ao reforçar o respeito às organizações CIR e Sodiur, e reiterar a disponibilidade da comissão para discutir buscando sempre a paz social.
Audiência
Serão convidados a participar representantes de entidades públicas, como as secretarias do Índio de todos os municípios roraimenses, e também as secretarias estaduais relacionadas aos temas de discussão, além de todas as organizações não governamentais que trabalham políticas voltadas para a população indígena.
A Comissão de Assuntos Indígenas da Assembleia Legislativa vai promover uma audiência pública no próximo dia 16 de setembro, a partir das 9h, na sede do Poder Legislativo, para discutir assuntos relacionados ao desenvolvimento das comunidades indígenas nas áreas de Saúde, Agricultura, Educação e Segurança Pública.
A deputada destacou que as demandas levantadas podem ser incluídas no projeto da Lei Orçamentária Anual, que deve chegar à Assembleia Legislativa já no próximo mês. “Com isso, a comissão vai trabalhar a questão das emendas, para que possamos ouvir as lideranças, para saber o que deve conter no Orçamento, fazendo uma audiência de diagnóstico para ver o que é possível colocar na peça orçamentária, concluiu Lenir Rodrigues.