Bancário Robert Dagon não é mais pré-candidato pelo PSOL

O bancário Robert Dagon (PSOL-RR) não é mais pré-candidato à prefeitura de Boa Vista. Segundo apurou a reportagem, por razões pessoais ele não aceitou a indicação do seu nome feita pelo partido. Na eleição passada para prefeito de Boa Vista, Dagon levou mais de 15 mil votos, ficando com 10,66% do eleitorado contra os 39,26% da candidata eleita, Teresa Surita e era um nome forte para angariar votos dos chamados “descontentes”.

Em seu lugar, o PSOL decidiu lançar Luis Oca, atual presidente regional do partido. Inicialmente, Oca seria candidato a vereador na chapa. Em entrevista à Folha, o presidente regional do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Luis Oca, explicou que a desistência de Dagon foi “por questões pessoais alheias à vontade do partido”. “O PSOL manterá a campanha no mesmo rumo que vínhamos trilhando e permitirá ao povo roraimense o direito de escolher uma real alternativa de esquerda e socialista nestas eleições”, afirmou.

O partido em Roraima só está coligando com o PSTU e na pré-convenção, que acontece no dia 23 de julho na Câmara de Boa Vista, sairá o nome do vice que vai compor a chapa.

“Robert Dagon sairá para vereador. O partido queria que fosse ele o representante por conta da projeção do nome dele ao longo desses anos e muitos ficaram surpresos com a mudança, visto que ele é a figura política que unifica o partido”, comentou Oca.

O PSOL tem 480 filiados no estado, sendo 270 na capital, segundo Luis Oca. Fundador do partido em Roraima, o presidente regional já atuou como coordenador da campanha do partido quando deu apoio à candidatura de Heloisa Helena para presidente. Em 2010, foi candidato a deputado estadual e 2012 a vereador. Em 2014, foi novamente candidato a deputado estadual.

“De acordo com a conjuntura política estadual e municipal, percebemos rejeição a quem está na administração e esperamos fazer nosso papel como pré-candidato a prefeito, que é levar nosso projeto para Boa Vista e avançar nessa perspectiva de organizar a sociedade e levar a classe trabalhadora ao poder”, disse.

Servidor Público, Oca vive no Brasil há 34 anos e se formou em Engenharia Florestal em Belém (PA). Em Roraima, vive desde 1994 sendo acadêmico de Direito. “Nós temos uma função política e social. Todo agente público, independente da vida diária da sociedade e dos munícipes, tem que estar ao lado dos menos favorecidos e daqueles que trabalham e produzem” concluiu. (C.C)