O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), anunciou na tarde de ontem, dia 2, que vai modificar trecho da Reforma da Previdência que mexe diretamente com regras de aposentadoria para profissionais de carreira da segurança pública mantidas pela União. A mudança de decisão surgiu após manifesto de policiais civis e federais e 20 deputados do próprio PSL, que o chamaram de “Traído”, segundo publicação da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo.
De acordo com a jornalista Daniela Lima, Bolsonaro ligou para o relator da proposta na Câmara, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), solicitando a ele e outros parlamentares um consenso sobre um termo que atendesse o Congresso e as categorias que o apoiaram em sua eleição.
Daniela citou ainda que os contatos do presidente foram feitos por intermédio do líder do Governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), envolvendo também o ministro da Economia, Paulo Guedes, que é a favor de manter o texto da reforma sem privilégios aos policiais.
Ficou acertado nas tratativas do presidente com o líder da Câmara e o relator da proposta que Guedes não se manifestará sobre a alteração. A mobilização teve efeito tão imediato que já no período da noite, deputados já começaram a formular nova versão das regras de aposentadoria para a categoria, abraçadas por Bolsonaro.
Se por um lado a medida visa apaziguar os ânimos com a ala da segurança publica, por outro lado o presidente tem outro problema. Aliados temem que as mudanças no texto abram margem para mais desidratação na Reforma, defendida como a salvação para a economia do país.
*INFORMAÇÕES: Jornal Folha de São Paulo.