Na manhã desta quinta-feira (15), em frente ao Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro foi questionado sobre a Operação Desvid-19, deflagrada ontem, quarta-feira (14), pela Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU), quando cumpriram mandados de busca e apreensão autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso.
“Parte da imprensa me acusa de o cara [senador Chico Rodrigues] ser meu amigo, de eu ter colocado ele como vice-líder e que em consequência eu não combato a corrupção. Essa operação foi da Polícia Federal em conjunto com a CGU, cujo ministro é o capitão Wagner Rosário. Ou seja, nós estamos combatendo a corrupção e não interessa quem seja a pessoa suspeita”, respondeu o presidente.
Segundo ele, a CGU analisa contratos, verifica se os recursos ou produtos entregues estão de acordo com o firmado nos contratos. A Controladoria também recebe denúncias e repassa para a PF e vice-versa, para aprofundar as investigações.
“Essa investigação de ontem, em Roraima, foi exemplo típico do meu governo, que não tem corrupção e combate a corrupção, seja de quem for. Vocês estão a quase dois anos sem ouvir falar em corrupção no meu governo. O meu governo são os ministros, as estatais e os bancos oficiais. Alguns acham que corrupção tem a ver com o governo”, ressaltou Bolsonaro.
O presidente afirmou que foram destinados dezenas de bilhões de reais para estados e municípios. “Tem também as emendas parlamentares e, de vez em quando, não é muito raro, a pessoa faz uma malversação desses recursos. Agora a CGU e a PF estão de olho e tomamos decisões. Lamento os desvios de recursos, e seria bom se não houvesse porque, afinal, com desvios de recursos da saúde inocentes morrem”, afirmou.
“Então a operação de ontem, é motivo de orgulho para o meu governo. Se um parlamentar faz algo de errado, não tenho nada a ver com isso, tenho a ver para ir pra cima dele com a Polícia Federal se for o caso, com apoio da CGU”, alertou Bolsonaro.
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