Política

Candidato ao Senado pelo PSOL é contra exploração de garimpo

Bartô falou sobre exploração do garimpo, demarcação de área indígena, construção de hidrelétricas no Estado, turismo, entre outros assuntos

Dando continuidade às entrevistas de candidatos ao pleito político deste ano, o economista Getúlio Cruz, que comanda o programa Agenda da Semana, na Rádio Folha, conversou com o candidato ao Senado, Bartolomeu Silva, conhecido popularmente por Bartô. A entrevista ocorreu neste domingo, 31.

Bartô é candidato pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Além de atuar como liderança indígena, o empresário trabalha na área de publicidade e é artista plástico. Pai de dois filhos, ele vive em Boa Vista, mas nasceu na Guiana.

Vem como suplente de Bartô, a professora e dona de casa, Lúcia, indígena patamona (povo indígena que vive na Guiana e no Brasil).

Durante entrevista, o candidato falou sobre a exploração do garimpo, demarcação de área indígena, construção de hidrelétricas no Estado e turismo. Ele afirma que é envolvido com questões e lutas sociais, que é a favor do turismo nas terras indígenas, mas ressalta a importância de haver orientação e sensibilização pela preservação.

Momento polêmico da conversa ocorreu quando o candidato fez questão de revelar que é contra a exploração do garimpo. “Minha bandeira é defender meu povo e a Amazônia. O garimpo não traz benefícios, não traz nada, além de lama e mercúrio; e ainda medo, estupro e violência dentro das comunidades”.

Ouvinte respondeu a afirmação do candidato e opinou ser hipocresia da parte da liderança indígena falar somente em lama e mercúrio.

Quando questionado sobre a construção de hidrelétricas, Bartô disse que acredita que há outras prioridades para o poder público se preocupar, como o crescimento da população carcerária, a agricultura familiar e rebateu. “Por que não temos uma conversa sobre energia eólica, se temos sol o ano inteiro no Estado de Roraima?