Política

Carlos Andrade tenta fazer parte da CPI da Petrobras

Como o PHS tem direito a indicar um nome para compor a CPI, o deputado roraimense tentará ser indicado como membro

Em seu primeiro mandato eletivo, o deputado federal Carlos Andrade (PHS-RR) está trabalhando para ser um dos 27 membros titulares da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, que será instalada na próxima semana na Câmara Federal.
A CPI vai investigar a prática de atos ilícitos e irregularidades no âmbito da Petrobras entre os anos de 2005 e 2015, relacionados a superfaturamento e gestão temerária na construção de refinarias no Brasil; constituição de empresas subsidiárias e sociedades de propósito específico pela Petrobras com o fim de praticar atos ilícitos;  superfaturamento e gestão temerária na construção e afretamento de navios de transporte, navios-plataforma e navios-sonda; e irregularidades na operação da companhia Sete Brasil e na venda de ativos da Petrobras na África.
“Estou trabalhando para ser um dos membros titulares, pois o partido do qual faço parte tem direito a indicar um nome. Como sou do setor elétrico, sou a favor da instalação da CPI porque a Petrobras é uma das maiores empresas brasileiras. Então, tudo o que acontece lá é de interesse da população e deve ser feito com transparência”, explicou em entrevista à Folha.
Apesar de ser da base do governo, Andrade afirmou que isto não influencia na sua opinião. “Não é uma questão de oposição ou situação. É uma questão de clareza nas informações. Estou me esforçando para fazer parte da comissão porque tenho a convicção de que o povo está sendo afetado com os atos”, disse.
No total, 182 deputados assinaram o requerimento de criação, incluindo 52 da base governista. Para a comissão ser viabilizada, são necessárias 171 assinaturas. Três são de Roraima: Abel Galinha (PDT), Carlos Andrade (PHS) e Shéridan de Anchieta (PSDB). (V.V)
Setor elétrico e recuperação de vicinais são prioridades
Com a oportunidade de destinar emendas parlamentares no primeiro ano de mandato, o deputado federal Carlos Andrade (PHS) escolheu o setor elétrico e as vicinais como prioridades, além da saúde, como determina a lei. “Como venho do setor elétrico, entendo que a energia elétrica é um produto básico para as famílias. Pretendo também conseguir recursos para recuperar as vicinais do interior do Estado para que o pequeno agricultor possa colocar o próprio produto no mercado”, disse.
Esta é a primeira vez que novos parlamentares terão direito a destinar emendas no primeiro ano de mandato. Cada um dos 223 deputados federais e 22 senadores poderá apresentar emendas que somem até R$ 10 milhões à proposta de Orçamento de 2015, que deverá ser votada pelo Plenário do Congresso na próxima semana.
As novas emendas não implicarão aumento de despesas, mas apenas remanejamento de recursos. Os coordenadores de bancadas terão até o dia 23 para enviar as emendas dos parlamentares. “Essa medida não altera em nada o valor global do Orçamento. É algo fantástico no primeiro ano de mandato, pois quem está chegando agora terá a oportunidade de levar R$ 10 milhões para a sua base para ser aplicado na saúde e em projetos sociais”, comemorou Andrade.
Porém, os parlamentares que não se reelegeram não perderão suas emendas. As emendas não são dos parlamentares, são dos estados e municípios. Portanto, as apresentadas por parlamentares no ano passado, que foram aprovadas na CMO, serão preservadas.
SEGURO AO AGRICULTOR – O deputado Carlos Andrade apresentou à Câmara projeto que contempla agricultores que tiveram suas propriedades inundadas em período de chuva. “Eles serão contemplados com uma espécie de seguro, algo como o seguro-defeso. Quando as famílias forem assoladas por uma enchente, como acontece em várias partes da região norte, receberão um salário para se recomporem e se manterem. Entendo que é fundamental para o agricultor brasileiro”, explicou.
O projeto, original de uma ex-deputada amazonense, já foi distribuído para as comissões.
BANCADA – Para o deputado do PHS, a bancada de Roraima, composta por oito parlamentares, tem um grande potencial. “São pessoas de perfis diferentes, que podem buscar segmentos diferentes para trabalhar. A melhoria para o Estado depende do Executivo e de cada um de nós”, afirmou.
Sobre a escolha do deputado Abel Galinha como coordenador da bancada de Roraima na Câmara, Andrade disse que ficou satisfeito. “Tínhamos um pré-requisito para a escolha: o ideal é que fosse unanimidade entres os parlamentares, que tivesse transparência. Acho que foi uma boa escolha”, comentou. (V.V)