Catarina Guerra diz que comissão nacional do União Brasil é favorável à candidatura dela

A deputada disse que não protocolou na Justiça uma ação contra a antecipação da convenção do União Brasil em Boa Vista, mas ressalta que tem dialogado com o partido para reverter a situação

A pré-candidata foi entrevistada no programa Agenda da Semana, na rádio Folha FM, nesse domingo, 4 (Foto: FolhaBV)
A pré-candidata foi entrevistada no programa Agenda da Semana, na rádio Folha FM, nesse domingo, 4 (Foto: FolhaBV)

A deputada estadual Catarina Guerra (União Brasil) afirmou que a Comissão Executiva Nacional do partido votou de forma favorável à candidatura dela à prefeitura de Boa Vista nas eleições de 2024. O documento teria sido expedido antes da convenção do União Brasil na capital, realizado no último sábado (3), que confirmou o deputado federal e presidente da sigla no estado, Antonio Carlos Nicoletti, como candidato.

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A pré-candidata foi entrevistada no programa Agenda da Semana, na rádio Folha FM, pelo economista Getúlio Cruz, nesse domingo (4). Ela afirmou que não protocolou na Justiça uma ação contra a antecipação da convenção do União Brasil em Boa Vista, que teria sido adiantado por meio de articulação do candidato Nicoletti, mas ressalta que tem dialogado com o partido para reverter a situação. Guerra acredita que a discussão com Nicoletti ainda pode ser retomada.

“Desde o início, há mais de um ano, o Nicoletti afirmava que só havia a escolha única e exclusiva do nome dele [para concorrer à prefeitura]. Em busca do meu direito e de qualquer filiado, realizou-se um diálogo buscando a Comissão Executiva Nacional, já que Nicoletti domina a esfera municipal e estadual do partido. Fizemos isso com respeito, diferente dele, que não teve respeito com uma afiliada. O documento emitido pelo diretório nacional e a decisão concluída me dá a viabilidade de ser a única candidata. Esses questionamentos jurídicos não devem ser feitos de forma pessoal, como o Nicoletti fez no ato da convenção, que foi um ato de má fé”, disse.

Na entrevista, Catarina leu o documento que, segundo ela, afirma que a comissão nacional do partido é favorável à candidatura dela e se opõe à de Nicoletti.

“Foi realizada uma votação, em que foram contabilizados 26 votos à favor da Catarina e 2 à favor do Nicoletti. No documento diz que, após uma análise criteriosa dos dados, a viabilidade eleitoral é maior para a Catarina”, destacou.

Segundo ela, é importante que o diretório nacional intervenha em relação a uma candidatura para que não haja uma inviabilidade política ou discriminação, que, de acordo com Catarina, é o que tem acontecido com ela.

“Ano passado, a nacional pediu para que cada comissão municipal encaminhasse os nomes de candidatos interessados em disputar as eleições. O Nicoletti encaminhou um documento indicando apenas o nome dele como candidato que deveria ser avaliado pelo partido, se eximindo dos documentos que mandei para ele, que nunca quis receber. Isso foi antidemocrático e mostra o autoritarismo da gestão dele no partido. Diante dessa situação, eu fui orientada a enviar diretamente para a nacional, que foi o que fiz”, comentou.