Servidores públicos ligados há diversas secretarias de Estado realizaram na manhã desta segunda-feira, 22, uma mobilização em frente à Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), para chamar a atenção da sociedade sobre os reflexos negativos dos atrasos salariais para a economia local e prestação de serviços a população.
Durante o ato, que contou com a adesão de mais de 60 pessoas, as entidades que representam os trabalhadores afirmaram não descartar a possibilidade de uma deflagração de greve geral, caso o problema não seja resolvido.
Somente pelo Sindicato dos Técnicos Agrícolas de Roraima (Sintag-RR), entidade que converge Iteraima, Aderr e Seapa, são mais de 200 servidores que podem simplesmente parar em razão da falta de pagamento, uma vez que muitos trabalhadores estão tendo dificuldades para chegar aos locais de trabalho.
“A nossa assembleia ocorreu nesse sábado, 20, e a decisão inicial da categoria é procurar manter, na medida do possível, os 30% para os serviços essenciais. Apesar disso, nós já temos informações de que esse número já está prejudicado em função desses profissionais já estão com as suas condições mínimas de trabalho e de manutenção de suas famílias já prejudicada. Então, acreditamos que a partir de amanhã, 23, boa parte dessa categoria vai paralisar e isso pode prejudicar conquistas importantes, como a área livre de vacinação da aftosa e a exportação das frutas hospedeiras da mosca da carambola”, disse o presidente Sintag-RR, Claudinei Simon.
A área técnica de algumas secretarias também já anunciou que parte de suas atividades também estão parada, em função de problemas financeiros. Esses serviços, segundo o presidente do Sindicato dos Engenheiros de Roraima (Senge-RR), incluir ações importantes como fiscalizações, levantamento, desenvolvimento de projetos, atendimento a agricultura familiar e prestação de assistência técnica.
“A gente espera que essa situação dos salários atrasados dos servidores se resolva o quanto antes. Caso não aconteça, em 48 horas a gente vai abrir indicativo de paralisação geral dessas secretarias”, destacou.
Uma assembleia geral deverá ocorrer ao final do dia para discutir a deflagração de greve geral. Caso os trabalhadores aprovem a medida, os serviços já serão paralisados a partir de amanhã.
A matéria completa você confere na Folha Impressa desta terça-feira, 23.
Colaborou o repórter Pedro Barbosa.