Um cheque no valor de R$ 1 milhão foi apreendido durante a operação Royal Flush, que investiga suposta fraude em licitações da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) e teve como alvo o presidente da Casa, o deputado Jalser Renier (SD). A informação foi confirmada na noite de ontem, 3, pelo Ministério Público Estadual (MPRR).
Segundo o Ministério Público, o cheque é datado de 28 de dezembro de 2018 e foi encontrado durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão e de sequestro de bens e imóveis. O MPRR não quis revelar, se o cheque estava assinado e por quem.
A operação apreendeu ainda uma suposta folha de frequência de servidores aparentemente “’fantasmas” e até uma aposta assinada por dois políticos supostamente referentes ao último pleito eleitoral. Os nomes dos envolvidos ainda não foram revelados.
Também foram levados documentos, aparelhos celulares, computadores, processos licitatórios e outros materiais que ainda estão sendo contabilizados pela equipe do MPRR em razão da grande quantidade de itens.
Outros materiais, já revelados pela Folha, são os veículos utilizados pelo presidente da ALERR e que agora estão guardados no pátio da Polícia Rodoviária Federal (PRF-RR). São eles: dois automóveis Amarok, uma Trailblazer e uma SW4, mais dois quadriciclos e dois utvs (quadriciclos com direção de carro).
Veículos de luxo apreendidos foram levados para o pátio da PRF (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)
OUTRO LADO – A Folha entrou em contato com a equipe de comunicação do deputado Jalser Renier para saber se ele quer esclarecer a origem do cheque ou prestar esclarecimentos sobre os demais produtos apreendidos, porém, não obteve resposta até o fechamento da matéria.
ENTENDA O CASO – O Ministério Público Estadual deflagrou nas primeiras horas da manhã de quarta-feira, 2, a operação “Royal Flush”, que investiga suposta fraude de licitações na Assembleia Legislativa de Roraima. A residência do presidente reeleito da Casa, Jalser Renier, foi um dos alvos da investigação.
A operação da Procuradoria-Geral de Justiça do MPRR contou com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate a Organizações Criminosas (Gaeco), Força Nacional e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), e cumpriu nove mandados de busca e apreensão e de sequestro de bens e imóveis. (P.C.)