Um relatório do Coaf apontou movimentações financeiras atípicas na conta de uma deputada de Roraima e de servidores públicos estaduais.
O processo 101000000388202199 foi aberto pela Procuradoria Regional da República da 1ª Região e corre em segredo de justiça.
Segundo publicação feita no Diário Oficial do Ministério Público Federal o inquérito Relatado pelo Procurador Alexandre Camanho de Assis foi aberto após o
Relatório de Inteligência Financeira apontar ‘movimentação atípica e vultosa’ por parte de servidores públicos e de uma deputada estadual de Roraima.
Movimentação atípica não significa necessariamente ilegalidade, a não ser que a origem dos recursos seja ilícita.
O Coaf indica que uma vultosa soma entrou na conta corrente da parlamentar, registrada em uma agência do Banco do Brasil. Os valores não foram confirmados pelo Coaf visto que o processo corre em sigilo
A reportagem descobriu que o relatório do Coaf foi enviado ao Ministério Público Federal que declinou da atribuição pois havia ausência de
indícios de lesão a bens, serviços e interesses da união federal, pois não foi comprovado que os recursos suspeitos tenham origem federal. Por conta da prerrogativa de foro de deputada estadual, houve homologação da declinação de atribuição, em favor da procuradoria-geral de justiça do ministério público do estado de Roraima.
A partir do documento do Coaf, o Ministério Público de Roraima abriu uma investigação sobre as movimentações da parlamentar e dos servidores mas informou que o caso corre em sigilo de justiça.
O Ministério Público deve pedir a quebra dos sigilos fiscal e bancário da deputada e dos servidores.
Outro lado
MPF-RR – A reportagem da Folha procurou o Ministério Público Federal que explicou que apesar do caso ter sido citado no Diário Oficial do Orgão era referente a investigação que ocorria na procuradoria da República e encaminhou nossa demanda para a Procuradoria Regional da República na 1ª Região.
PRR1 – Em resposta ao questionamento da Folha, a assessoria de comunicação do órgão informou que o processo em questão está protegido por sigilo. “Sendo assim, o MPF não fornece informações, a fim de preservar o andamento das investigações. O que podemos dizer, no entanto, é que os autos foram baixados para o Ministério Público do Estado de Roraima”.
MPRR – Também encaminhou demanda ao Ministério Público de Roraima que esclareceu que o procedimento é do TRF1 e está sob sigilo. “Por isso não temos nenhuma informação para passar no momento” concluiu