No final do mês de abril, 21, cerca de mil pessoas ocuparam uma área às margens do trecho sul da BR-174, próxima à entrada do Matadouro e Frigorífico de Roraima (Mafir), na região do Água Boa, de propriedade da Companhia de Desenvolvimento de Roraima (Codesaima). Aos poucos, o número de ocupantes reduziu, porém, ainda existem algumas barracas instaladas no local, o que preocupa o Governo do Estado, segundo disse o diretor-presidente da Codesaima, Márcio Granjeiro.
“Aquela área não pode ser ocupada por pessoas, que levam animais e fazem suas necessidades fisiológicas no local. Nós não queremos isso e não podemos aceitar. Estamos aguardando para que sejam tomadas as devidas providências”, informou ao frisar que o terreno se trata de uma área de segurança sanitária.
Conforme Granjeiro, o pagamento das custas dos oficiais de justiça do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) já foi realizado desde o dia 09 de maio e, no dia 16, foi dada a entrada no processo eletronicamente. “Estamos aguardando a Justiça atuar. Agora não cabe mais ao governo, o oficial de justiça é que vai cumprir”, frisou.
O diretor-presidente inclusive reforçou que espera rapidez da Justiça para resolução do problema. “Nós estamos inclusive cobrando celeridade nisso porque nós já fizemos a nossa parte e não concordamos com aquela situação, que fique bem claro. Nem nós nem a governadora Suely Campos, porque ali é uma área de segurança sanitária”, acrescentou.
TJRR – Em nota, o Tribunal de Justiça de Roraima confirmou a informação de que as custas foram pagas e juntadas ao processo. “O juiz da 6º Vara Cível informou ainda que, no dia de ontem, 19, a secretária fez a expedição do mandado para Central”. No entanto, o TJRR não deu um prazo para o cumprimento da ordem de desocupação.
CASO – Em abril deste ano, integrantes da Associação dos Moradores do Estado de Roraima (Famer) ocuparam uma área a cerca de 4km da entrada do Mafir, na vicinal Água Boa. A informação é que os ocupantes saíram de uma área privada próxima ao Haras Cunha Pucá, no município do Cantá, a Centro-Leste do Estado, e se instalaram no local, por ser um espaço público. No dia 16 de maio, tendo em vista a demora da reintegração, o TJRR chegou a alegar que ainda não havia cumprido a retirada dos ocupantes por falta de pagamento da Codesaima aos oficiais de justiça. (P.C.)