Política

Com decisão judicial, servidores da Câmara podem ser demitidos

Rumores dão conta de que 300 servidores dos gabinetes de 21 vereadores podem ser demitidos se verba de gabinete for cortada

Com a decisão judicial que suspende o pagamento de verbas de gabinete, além da verba indenizatória e do subsídio por acúmulo de função legislativa superior, servidores dos gabinetes dos 21 vereadores da Câmara Municipal de Boa Vista deverão ser exonerados.
De acordo com informações apuradas pela Folha, cerca de 300 servidores deverão ser demitidos ainda esta semana. A equipe de reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da Casa, que informou que a Câmara não iria se posicionar sobre as supostas demissões naquele momento, “mas que tudo estará publicado no Diário Oficial de Boa Vista”.
Em entrevista à Folha, os vereadores Mauricélio Fernandes (PMDB) e Renato Queiroz (PPS) afirmaram que ainda não tinham recebido nenhum documento oficial da presidência da Casa informando quais as medidas que deveriam ser tomadas. “Com essa decisão judicial que suspende o pagamento da verba de gabinete, é inevitável que os servidores sejam demitidos até que haja alguma medida que reverta a sentença”, disse Queiroz.
Servidores de um gabinete parlamentar afirmaram que devem fazer uma manifestação na manhã de hoje em frente à Câmara contra as possíveis demissões. (V.V)     Dois vereadores pedem para sair de comissões permanentes   Durante sessão plenária de ontem, na Câmara Municipal de Boa Vista, foram lidos os requerimentos de desligamento dos vereadores Sandro Fofoquinha (PPS) e Guarda Alexandre (PC do B) das comissões permanentes da Casa. Fofoquinha era presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, enquanto Alexandre era relator da Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude.
Em entrevista à Folha, Fofoquinha, que é líder da prefeita Teresa Surita na Câmara, justificou a saída: “No ano passado, participava desta mesma comissão e sei que os documentos ficam engavetados”.
O parlamentar afirmou que a decisão nada tem a ver com corte do subsídio de R$ 8 mil pagos aos presidentes de comissão, anunciado na terça-feira pelo presidente da Casa. “Nunca recebi esse dinheiro, então minha decisão não foi baseada nisso”, disse ao complementar que não pretende ingressar em outra comissão e que vai “se dedicar aos projetos da prefeita Teresa”.
Procurado pela Folha, Guarda Alexandre disse que só irá se pronunciar após a publicação do desligamento no Diário Oficial de Boa Vista. (V.V)