CYNEIDA CORREIA
FABRÍCIO ARAÚJO
Editoria de Política
O site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou a primeira parcial das receitas adquiridas pelos cinco candidatos que disputam o Governo de Roraima nas Eleições 2018. No total, somando o que cada candidato recebeu do Fundo Especial de Financiamento de Campanhas, os candidatos receberam juntos R$ 3,7 milhões para custear suas campanhas. Até o momento, nenhum dos candidatos prestou contas das despesas advindas do uso dos recursos recebidos.
As informações são do sistema de Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais do TSE, consultado ontem pela reportagem da Folha.
O candidato José de Anchieta (PSDB) recebeu duas parcelas de recursos, totalizando R$ 1 milhão. Metade do recurso veio do fundo especial do PSDB, partido do candidato, e a outra metade do fundo eleitoral do Democrata, que é o partido do seu vice, Abel Mesquita.
Antônio Denarium (PSL) não recebeu ainda nenhum valor do partido e, dos candidatos é o que menos teve investimentos na campanha. O que consta na divulgação de seus recursos de campanha no site do TRE é a doação de uma pessoa física no valor de R$ 5.500. A lei eleitoral veda a doação por empresas aos candidatos.
A candidata à reeleição, a governadora Suely Campos (PP), que tem o limite legal de gasto de campanha no 1º turno de R$ 2,8 milhões, já recebeu até agora R$ 1,4 milhão da direção nacional do partido. Até agora foi o maior valor de receita dos candidatos ao Governo de Roraima.
Telmário Mota (PTB) recebeu R$ 1,3 milhão do fundo especial do partido para usar em sua campanha. Na página do candidato do PSOL, Fábio Almeida, consta que ainda não existe prestação de contas entregue pelo candidato nem de receita e nem de despesas.
Todos os candidatos têm o mesmo teto de R$ 2,8 milhões para gastar com a campanha no primeiro turno. O dinheiro pode ser arrecadado pelo fundo partidário, fundo eleitoral, doação de pessoa física, doação pela internet e uso de recursos próprios de cada candidato.
Os gastos com campanha de nenhum dos cinco candidatos foi detalhado ainda. Na prestação de contas é necessário que os candidatos especifiquem com que tipo de material ou ação gastou o dinheiro e quanto foi gasto.
As coordenações de campanha dos candidatos procurados pela Folha informaram que até a data limite da prestação de contas parcial os dados serão informados ao Tribunal nos prazos estipulados pela legislação eleitoral.
Os dados são preenchidos pelos comitês ao longo da campanha e as contas são aprovadas ou rejeitadas ao final do pleito.
Pelo cronograma, a primeira prestação de contas parcial deve ocorrer de 9 a 13 de setembro e a prestação final até 30 dias após a eleição.
(Foto: Arquivo/Folha)