Com posse de Maduro, Venezuela deve sofrer mais sanções internacionais

A avaliação foi feita pelo economista e Doutor em Relações Internacionais, Haroldo Amoras

O professor Haroldo Amoras no programa Agenda da Semana, da Folha FM (Foto: Folha FM)
O professor Haroldo Amoras no programa Agenda da Semana, da Folha FM (Foto: Folha FM)

A Venezuela deve sofrer mais sanções econômicas no cenário internacional após a terceira posse seguida de Nicolás Maduro. A análise foi feita pelo economista e doutor em Relações Internacionais, Haroldo Amoras, que destacou os desafios enfrentados pelo país no contexto geopolítico.

Durante o programa Agenda da Semana, transmitido neste domingo (12) pela rádio Folha FM 100.3, Amoras ressaltou que o isolamento econômico da Venezuela tende a se aprofundar diante das ações restritivas impostas por nações ocidentais, especialmente os Estados Unidos.

“A Venezuela, infelizmente, é um país isolado, um país que tem um isolamento econômico. E, os Estados Unidos vão aumentar as restrições de natureza econômica, as restrições tarifárias, alfandegárias e de movimentação de comércio. De modo que a Venezuela deve e vai ficar isolada no termo de comércio, principalmente com a Rússia, a China e outros [países]”, avaliou o economista.

As sanções econômicas podem gerar consequências graves, tanto para o governo quanto para a população venezuelana, reforçando a inflação e à desvalorização da moeda. Além disso, o isolamento internacional afasta investidores estrangeiros, restringindo as possibilidades de recuperação econômica e agravando a instabilidade política. A limitação também deve dificultar a importação de bens essenciais, como alimentos, medicamentos e insumos básicos, aprofundando a crise humanitária e a migração.

Ainda segundo Haroldo, o apoio de países como China, Rússia e Irã, embora significativas, não é suficiente para amenizar os impactos das sanções. Ele destacou que cada uma dessas nações tem motivações distintas ao se aproximar da Venezuela.

“A Rússia não está atrás de petróleo porque a Rússia é uma das maiores jazidas ou bacias de petróleo do planeta. Então, a Rússia tem a ver com a geopolítica de domínio de território e avanço de espaços políticos em territórios principalmente mais próximos dos Estados Unidos. Já a China depende e precisa ter petróleo para a máquina econômica chinesa continuar funcionando sem problemas nessa área de abastecimento de energia”, explicou o especialista, acrescentando que o interesse do Irã é a venda de armamento.

Outros detalhes sobre a análise do economista e entrevista completa de Haroldo Amoras no Agenda da Semana podem ser assistidos no canal do YouTube da Folha FM 100.3.