As máfias de extorsão, sequestro e morte por encomenda “penetraram” as corporações policiais da Venezuela, segundo admitiu Freddy Bernal, presidente da Comissão Presidencial para a Reorganização Policial, que deve ser extinta em abril.
“Há uma realidade que não gostamos que exista, mas existe: a corrupção penetrou diversas corporações policiais, municipais, estaduais e nacionais”, incluindo a recém-criada Polícia Nacional Bolivariana (PNB) e o Corpo de Pesquisas Científicas, Penais e Criminalísticas (CICPC), declarou Bernal.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, criou a comissão em 24 de outubro de 2014 e estabeleceu um prazo de seis meses para que propusesse um plano para reverter a crise que afeta as 141 corporações policiais do país, dos quais fazem parte 140 mil agentes, incluindo os 11.300 do CICPC.
O legislador confirmou, passada metade da “vida” da Comissão, já foi estabelecido que há até comissários e inspetores chefes no comando de “quadrilhas mafiosas”, vários dos quais já foram presos. Ele ressaltou que inclusive existe “uma quadrilha de policiais que mata policiais”.
“A penetração das máfias” nas corporações policiais “potencializou o sequestro, a extorsão, a morte por encomenda”, com pessoas procedentes de grupos de paramilitares, contrabandistas e todo o crime organizado “movimentado entre Venezuela e Colômbia”, disse.(Agencia EFE)
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Comissão confirma que máfia se infiltrou na polícia
A penetração das máfias nas corporações policiais potencializou o sequestro, a extorsão, a morte por encomenda