As obras do Linhão de Tucuruí, que ligam Roraima ao sistema nacional de energia elétrica, ainda permanecem sem previsão para iniciar. Por conta do imbróglio da Justiça Federal, a Comissão de Minas e Energia (CME) da Câmara dos Deputados deverá realizar uma audiência pública com os representantes das empresas e do Governo Federal para definir a questão.
A informação foi prestada pelo deputado federal Édio Lopes (PL) em entrevista ao programa Agenda da Semana neste domingo, 28. O parlamentar, que é presidente da Comissão, informou que o requerimento de sua autoria para realização da audiência pública foi aprovado pelos pares.
Na reunião devem ser reunidos representantes do Ministério de Minas e Energia, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Fundação Nacional do Índio (Funai), do Ministério Público Federal (MPF) e demais para discutir o andamento das obras.
“Tucuruí será uma questão de intenso trabalho diante da comissão de Minas e Energia porque, recentemente, a Justiça cancelou a licitação que já havia sido feita há dez anos. Além desse cancelamento, o Governo Federal deverá fazer o pagamento à empresa que havia ganho a licitação. Tão logo, saiu o resultado da justiça estivemos conversando com diversos atores para uma audiência pública” ressaltou.
Recentemente, decisão da Justiça Federal do Distrito Federal anulou o contrato de construção e exploração comercial do Linhão de Tucuruí, cujo leilão foi realizado há quase dez anos. Segundo a decisão do juiz federal Ed Lyra leal, o contrato firmado entre a empresa Transnorte Energia S.A. e o Governo Federal foi anulado.
No entanto, O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que não houve anulação do contrato de concessão do Linhão” e que a Justiça Federal de Brasília “apenas” acatou pedido de rescisão do contrato, por conta do atraso “no licenciamento ambiental”.
MINERAÇÃO – Presidente da CME, o deputado também citou que a questão da regulamentação da atividade mineradora deverá ser abordada pela comissão. Para Édio, é importante que as ações de mineração sejam regulamentadas para impedir maiores impactos ambientais.
“A questão da mineração carece de regulamentação, pois é desastrosa para todos os envolvidos. Para o país que não tributa todo esse minério explorado; prejudica o indígena que deveria ter uma participação econômica e não está tendo; o meio ambiente que por falta da regulamentação é o mais prejudicado; e os garimpeiros e empresários que estão atuando sem regulamentação, exercendo um trabalho ilegal com custos enormes com equipamentos caríssimos. Ou seja, nesse jogo, todo mundo está perdendo”, declarou.
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