O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, no Senado, traz os nomes do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que foi secretário estadual de Fazenda no período da intervenção federal em Roraima, no início de 2019; do ex-assessor especial do Ministério da Saúde, Airton cascavel, que foi secretário estadual de Saúde por dois meses deste ano no atual governo; e do empresário e participante do ‘gabinete paralelo’ do Ministério da Saúde, Carlos Wizard, que investiu na interiorização de imigrantes de Roraima para outros estados.
O documento foi apresentado na semana passada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), e foi aprovado por 7 votos a 4 em sessão nesta terça-feira (26). O texto, votado pelos membros titulares da comissão, recomenda que o presidente Jair Bolsonaro seja investigado e, eventualmente, responsabilizado em três frentes devido à gestão do seu governo na pandemia de coronavírus: por crimes comuns, por crimes de responsabilidade e por crimes contra a humanidade.
Com o resultado, essas acusações contra o presidente serão analisadas em três órgãos. Além do presidente, o relatório pede o indiciamento de 79 pessoas – incluindo ex-ministros, ministros, políticos, servidores públicos, empresários, membros do chamado “gabinete paralelo” – e duas empresas, a Precisa Medicamentos e a VTCLog.
Confira quais as acusações recaem sobre Eduardo Pazuello, Airton Soligo e Carlos Wizard:
Ex-Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello
epidemia com resultado morte
emprego irregular de verbas públicas
prevaricação
comunicação falsa de crime
crimes contra a humanidade nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos
Ex-assessor especial do Ministério da Saúde, Airton Soligo
usurpação de função pública
Empresário e e participante do ‘gabinete paralelo’, Carlos Wizard
epidemia com resultado morte
incitação ao crime
Fonte: BBC e Agência Senado