A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a Saúde estadual terá os trabalhos retomados nesta terça-feira (3), na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR). Entre amanhã e quarta-feira (4), servidores que participaram dos processos licitatórios serão ouvidos pelos deputados para que novas provas sejam colhidas dentro da investigação.
De acordo com o relator da CPI, Jorge Everton (MDB), existem fortes indícios de irregularidades que envolvem o serviço de limpeza e o favorecimento de pessoas influentes. Para ele, o trabalho está sendo feito dentro das expectativas para que não exista dúvida da lisura das investigações e da importância dos parlamentares e das testemunhas na CPI.
“Queremos esclarecer vários pontos. A saúde pública vem trazendo bastante sofrimento para a população roraimense há mais de dez anos. Não adianta ficarmos colocando culpa no passado. Precisamos de ações proativas que tragam um resultado verdadeiro, afinal, é o que a população espera”, confirmou o parlamentar.
Everton ainda acrescenta que todas as provas materiais já foram colhidas na análise dos processos, mas que existem indícios que apontam para o favorecimento e irregularidades.
“Muita gente está ansiosa para que possamos finalizar a CPI o mais rápido possível. Tudo em seu tempo. Não temos pressa. As oitivas e as análises são feitas de forma minuciosa para que não deixemos passar nada. Nosso relatório final será consistente”, destaca Jorge Everton.
NOVOS DEPOIMENTOS – Está previsto para este semestre o depoimento do ex-secretário estadual de Saúde, Allan Garcês, demitido pelo governador Antonio Denarium (sem partido) no mês passado. O gestor, que ficou no cargo pouco mais de 40 dias, alegou que a demissão foi motivada após ter anunciado que analisaria processos dentro da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
Assim como o ex-secretário Ailton Wanderley, ele deverá ser ouvido para que possa relatar aos parlamentares que compõem CPI os problemas encontrados e as denúncias feitas pelas redes sociais.