Política

Crise na VE pode afetar venda de combustíveis no Brasil

A questão foi discutida em reunião do presidente Jair Bolsonaro com ministros nesta quarta-feira, 1º

Mesmo em pleno feriado do dia do Trabalhador, a agenda de atividades de Jair Bolsonaro (PSL) está sendo bastante intensa nesta quarta-feira, 1º. Além de reunião com ministros, o presidente da República deu declarações a imprensa sobre a situação de guerra civil vivenciada pela Venezuela.

Aos veículos de imprensa, Bolsonaro afirmou que há uma preocupação do Governo em relação aos impactos da crise venezuelana no preço dos combustíveis. O país vizinho é um dos maiores produtores do mundo e até hoje sofre sanções econômica e embargos de diversos países, em especial da maior potência econômica do mundo, os Estados Unidos.

“Temos que nos preparar, dada a política da Petrobras [de seguir os preços do mercado internacional] e de não intervenção de nossa parte [do governo], mas poderemos ter um problema sério dentro do Brasil como efeito colateral do que acontece lá”, afirmou.

A situação de conturbação da Venezuela está sendo avaliada por ele, em conjunto com os ministros Fernando Azevedo (Defesa), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional). A ideia é se preparar para eventuais problemas de fora que possam atingir o país de forma grave.

Bolsonaro também descartou a possibilidade do Brasil de realizar qualquer tipo de intervenção militar no país vizinho. “A possibilidade é próxima de zero [de intervenção]. Outros atores estão nesse circuito, Estados Unidos e Rússia. Estamos preocupados porque temos reflexos”, destacou.

De acordo com a Presidência da República, mais de 70 militares já pediram asilo no Brasil. Somente no período de ontem, 30, para hoje, 1º, 25 decidiram solicitar ajuda por meio da embaixada brasileira em Caracas.

O clima de tensão no país vizinho se agravou logo após o líder da oposição, Juan Guaidó, afirme que possui apoio militar para destituir do poder o ditador Nicolás Maduro. “Existe uma fissura, sim, que cada vez mais se aproxima das cúpulas das forças armadas. Então existe a possibilidade do governo ruir pelo fato de alguns da cúpula passarem para o outro lado”, completou Bolsonaro.

*INFORMAÇÕES: Agência Brasil.