Política

Crise será resolvida entre todos os Poderes, diz Jalser

Presidente de ALE afirma que todos têm que fazer sua parte, mesmo se for preciso devolver recursos

LEO DAUBERMANN

Editoria de Política

A crise econômica pela qual o estado de Roraima está passando tem que ser resolvida por todos os Poderes. É o que afirmou o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Roraima (ALE-RR), deputado Jalser Renier (SD), durante entrevista ao programa Agenda da Semana desse domingo, 23, na Rádio Folha FM 100.3.

“Nessa semana que passou, nós nos reunimos no Palácio [Senador Hélio Campos], com todos os Poderes: Ministério Público de Contas [MPC-RR]; Ministério Público Estadual [MPE-RR]; Tribunal de Justiça [TJ-RR]; Assembleia Legislativa [ALE-RR]; Tribunal de Contas do Estado [TCE-RR]; Defensoria Pública [DPE-RR]; Polícia Federal [PF]; o interventor Antonio Denarium e também o General Pazuello e nesse entendimento, deixamos bem claro que, a Assembleia Legislativa já está envolvida no propósito de ajudar, e vamos ajudar, porque nós entendemos que todos têm que fazer a sua parte”, disse Jalser.

De acordo com Jalser, se for necessário, a Assembleia Legislativa vai devolver recursos. Ele salientou que vai pedir para que os outros Poderes internalizem também como positiva essa devolução.

“Agora, desde que estes recursos fiquem no comando do Exército Brasileiro, para que nós tenhamos um Estado melhor, com um ordenamento melhor. Para que a folha de pagamento saia em dia. Para que o duodécimo dos Poderes seja repassado sem atraso. Para que o Estado pague as suas responsabilidades tributárias e não fique mais nessa deficiência tão grande”, ressaltou.

Ainda de acordo com o deputado, durante a reunião da última semana, Denarium afirmou que o general Pazuello continuará na secretaria Estadual da Fazenda até fevereiro e, após este período, deve indicar outro general do Exército.

“O governador deixou bem claro que o general Pazuello vai ficar na Sefaz até o mês de fevereiro, quando deixa a pasta para assumir outra missão. Será então indicado outro general para continuar o trabalho dentro da Secretaria de Fazenda. E acredito que tem que ser assim, um militar à frente da pasta, porque aí não teremos nenhuma dúvida quanto à legalidade das decisões”, apontou.

Atual legislatura – O presidente da Assembleia Legislativa fez uma avaliação positiva da atual legislatura. “Tivemos importantes batalhas com o Governo anterior no tocante aos interesses da comunidade, tivemos aprovação de vários PCCRs (Planos de Cargos, Carreiras e Remunerações), tivemos a aprovação de vários projetos de interesse público que de certa forma melhoram a qualidade de vida das pessoas”, disse.

“A Assembleia foi independente, não se curvou a nenhum pedido, ou a nenhum apelo político do governo anterior. Estou na vida pública há 24 anos e nunca perdi eleição em Roraima, porque sempre acreditei nos meus objetivos, estou indo agora para o meu 7º mandato. O Legislativo desse país tem perdido forças, e isso precisa mudar nessa próxima legislatura”, ressaltou.

O presidente lembrou que a Assembleia Legislativa esteve presente em vários municípios de Roraima. “A Assembleia fez a sua parte, criamos bons projetos, abraçamos bons caminhos”, ressaltou.

Jalser Renier destacou ainda que os programas sociais mantidos pela Assembleia Legislativa de Roraima serão intensificados e, em alguns casos, ampliados, na próxima legislatura.

“Não posso conceber que uma criança que não tem oportunidade de fazer uma aula de balé, ou jiu-jitsu, por exemplo, deixe de fazer essa aula. De um jovem que o sonho é passar em um concurso público e não tenha a oportunidade de ter uma preparação de excelência. Que esse jovem que não tem a oportunidade de fazer um curso de inglês, espanhol ou informática, deixe de ter essa oportunidade”, frisou.

De acordo com ele, se for preciso cortar gastos, não serão dos programas mantidos pelo Parlamento. “Não posso pegar o sonho desse aluno que nasceu do entendimento do colegiado da Assembleia Legislativa e dizer para ele que o governo está precisando que eu o tire da sala de aula para ele colocar o recurso para dentro do governo, eu não vou fazer isso”, comentou.