A segunda denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), por suposto crime de organização criminosa e obstrução da Justiça, foi lida no Plenário da Câmara Federal na tarde de ontem, 26. Agora os deputados vão decidir se autorizam ou não a abertura de processo no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente. Para saber a intenção de voto da bancada roraimense, a Folha está fazendo um levantamento para averiguar o posicionamento dos deputados federais.
O deputado federal Jhonatan de Jesus (PRB) afirmou que a segunda denúncia lida pela Câmara esta semana será tratada, em tese, nos moldes da primeira denúncia. O parlamentar não especificou qual será seu posicionamento no momento do voto e alegou que é preciso cautela. “Como afirmamos anteriormente, o país se recupera de uma grave crise e o momento requer prudência”, salientou.
“Nossas decisões devem primar pelo povo brasileiro, para que ele não venha a sofrer as consequências de atos que podem colaborar para um desequilíbrio político, econômico e social”, disse Jhonatan.
Vale ressaltar que, durante a votação da primeira denúncia contra o presidente, ele foi um dos seis parlamentares de Roraima que votaram pelo arquivamento da denúncia contra Temer. Na época, o deputado não apresentou justificativa ao voto.
ENTENDA – O presidente Michel Temer foi denunciado pela segunda vez em agosto deste ano pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pelo suposto crime de obstrução de Justiça e organização criminosa.
Entregue na Câmara Federal pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na quinta-feira, 21, a leitura da denúncia foi adiada duas vezes até ser lida em plenário na tarde de ontem, 26.
O presidente deve ser notificado nesta quarta-feira, 27, e em seguida o processo será encaminhado para avaliação pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que será responsável pela elaboração de um relatório, previsto para ser analisado em plenário pela Câmara.
Em agosto deste ano, houve a votação da primeira denúncia contra Temer, que tratava sobre suposto crime de corrupção passiva. O pedido de investigação foi rejeitado pela Câmara. (P.C.)