Política

Demissões foram administrativas e apenas casos pontuais serão revistos, diz presidente

O presidente da Assembleia Legislativa de Roraima, deputado Chico Guerra (PROS), chamou para si a responsabilidade em torno da demissão de pouco mais de 1.200 servidores do Poder Legislativo, ocorrida na semana passada e repercutida por alguns parlamentares. Segundo ele, essa foi uma decisão administrativa que precisava ser tomada e inerente ao cargo de presidente. “Usei essa competência, amparado pelo Regimento Interno, e fiz o ato”, frisou.
Ele negou que os demais deputados não tivessem conhecimento das demissões, como chegaram a informar à imprensa na semana passada, e adiantou que casos pontuais serão revistos. “Devido ao tamanho da demissão, pode ser que tenha ocorrido alguma coisa pontual e que vai ser corrigida, mas é pouca coisa, que não vai refletir muito no resultado final”, reforçou.
O presidente explicou que seu mandato termina em menos de 90 dias e que, por conta disso, precisava “fechar as contas” da Casa e deixar o Orçamento saneado para a nova gestão. “Era de conhecimento de todos os deputados. Sabiam da decisão, mas não o tamanho”, disse se referindo à quantidade de demitidos. E completou: “Só tinha 90 dias para tomar a decisão antes de entregar o cargo, fiz o que tinha que ser feito. Me causou espanto o posicionamento de alguns deputados, é claro, cabe ao presidente tomar esse tipo de ação e fiz amparado pelo regimento interno”, ressaltou.
Guerra não descartou novas demissões, mas salientou que apenas pessoas que não trabalham serão dispensadas. “Se tiver esses voadores e se identificar, vou demitir também”, comentou. Ele também negou a edição de qualquer ato secreto, como chegou a ser apontado por alguns deputados. “Houve acúmulo de publicações que deveriam ter sido feitas antes, foi feito agora. Se fosse ato secreto, não tinha publicado tudo que está aí à disposição de quem quiser olhar”.
CONCURSO – O deputado aproveitou para anunciar que protocolou na terça-feira, dia 14, o Projeto de Lei do Plano de Cargos e Salários da Assembleia Legislativa. Conforme ele, se os deputados votarem até o dia 20 de novembro, as provas poderão ser aplicadas ainda este ano. Serão entre 500 e 600 vagas para todos os cargos.
“Vamos ver se conseguimos fazer até o dia 30 de dezembro para que o novo presidente tenha a felicidade de assinar essas nomeações. Fazemos isso no sentido de acabar com o que ocorreu agora, para que os servidores tenham estabilidade e organizem sua vida em cima dessa conquista que é ser aprovado no concurso”, frisou. (EPR)