Política

Denarium assume governo e propõe cortes para enfrentar crise

Solenidade de posse foi bastante concorrida e contou com a presença de deputados federais e um senador por Roraima

Antonio Denarium (PSL) foi empossado ontem, 1º, para ocupar o Palácio Senador Hélio Campos pelos próximos quatro anos em cerimônia na Assembleia Legislativa do Estado. Também foi oficializado o vice da chapa, Frutuoso Lins (PTC). A solenidade contou com a presença de autoridades, secretários de Estado, além de amigos e familiares, que lotaram o plenário Deputada Noêmia Bastos Amazonas.

Denarium já estava à frente do governo do Estado na condição de interventor federal desde 10 de dezembro. O presidente da Assembleia Legislativa, Jalser Renier (SD), destacou que a disputa eleitoral se encerrou e convidou cada Poder a se unir em um pacto para a recuperação de Roraima. O candidato do PSL derrotou no segundo turno o ex-governador Anchieta Junior (PSDB), que morreu de infarto fulminante logo após o pleito.

Devido à situação precária em que se encontra o Estado, o então presidente, Michel Temer (MDB), havia decretado intervenção federal em Roraima e Denarium foi nomeado interventor.

Bastante emocionado, o novo governador falou que foi uma longa caminhada.

“Vou fazer tudo que for necessário para arrumar a casa. O dinheiro público foi usado de forma irresponsável e estamos em um caos econômico. O cenário é devastador. Vamos fazer um ajuste fiscal e precisamos de um verdadeiro pacto entre os Poderes para tirar Roraima do buraco onde se encontra.”

Durante discurso de posse, Antonio Denarium fez um breve diagnóstico do Estado, sob o ponto de vista de gestão, ao apresentar em números a dívida pública, segundo ele, no valor de mais de R$ 6 bilhões. Ele prestou conta de atos na condição de interventor federal, como a redução de cargos comissionados e revisões de contratos. “Chegou a hora de pensarmos nos interesses da população. Faremos uma reforma administrativa, tecnológica, tributária e um plano de recuperação e ajuste fiscal que será apresentado ao governo federal”, assegurou.

Após a posse, o governador eleito concedeu coletiva de imprensa e disse que os Poderes Legislativo e Judiciário precisam reduzir os valores mensais que recebem em duodécimo.

“Estamos assumindo o governo no momento mais difícil, em crise, com um endividamento de mais de R$ 6 bilhões. Medidas enérgicas terão que ser tomadas. Teremos que reduzir o número de cargos comissionados, fazer uma revisão de todos os contratos”, afirmou.